O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu suspender o ministro israelense Amichai Eliyahu de participar das reuniões do gabinete após o assessor sugerir que Israel poderia detonar uma bomba nuclear na Faixa de Gaza. A declaração ocorreu em um programa de rádio local. As informações são da Globo.com.
A entrevista do ministro repercutiu nos países árabes. O primeiro a se pronunciar foi a a Arábia Saudita, que condenou a fala do ministro israelense, e afirmou que ela é um exemplo do “extremismo e da brutalidade” do gabinete ministerial de Netanyahu, que comandava o país, até o início da guerra contra o Hamas, à frente de uma coalizão de extrema direita.
Após os ataques terroristas do grupo terrorista palestino, um governo de coalizão foi criado com representantes da oposição. De extrema direita, Eliyahu foi perguntado se o uso de bomba nuclear para Israel “destruir o Hamas” que controla a Faixa de Gaza, era uma possibilidade. Ele respondeu que era “um caminho”.
Antes, o ministro já havia afirmado que oferecer ajuda humanitária aos habitantes de Gaza era um “erro” e que não existiam “não-combatentes” no território palestino.
O integrante da equipe de Netanyahu é apoiador explícito do projeto de retomada de assentamentos israelenses. Quando questionado sobre onde viveriam os palestinos da Faixa de Gaza, o ministro disse que “podem ir para a Irlanda ou para algum deserto”.
O governo israelense, contudo, afirmou que a fala não é baseada na realidade. “Israel e as FDI operam de acordo com os mais elevados padrões do direito internacional para evitar ferir inocentes”, diz ainda a nota publicada no X, antigo Twitter.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que as declarações de Eliyahu eram “infundadas”. O líder da oposição israelense, Yair Lapid, pediu a demissão do ministro.