O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) adiou a divulgação da lista de aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), que estava prevista para esta quinta-feira (21/11).
Em nota oficial, o órgão afirmou que um novo cronograma será anunciado na mesma data.
“O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informa que a divulgação dos resultados finais do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), inicialmente prevista em edital para o dia 21 de novembro, será ajustada. Um novo cronograma será divulgado amanhã (dia 21 de novembro)”, informou o comunicado.
O adiamento ocorre em razão de uma decisão judicial emitida no início do mês. O juiz Adelmar Aires Pimenta da Silva, da Segunda Vara Federal, determinou no dia 6 de novembro que a Fundação Cesgranrio, organizadora do concurso, e o Executivo reintegrassem os candidatos eliminados por não terem preenchido corretamente o cartão de respostas da prova. O prazo para o cumprimento da ordem era de 10 dias.
Entenda o caso
No cartão de respostas do CPNU, os candidatos eram orientados a preencher informações como assinatura, impressão digital, identificação do caderno de prova e tipo de gabarito. A prova oferecia três modelos de gabaritos, com questões em ordens diferentes.
Após a aplicação do exame, em 18 de agosto, o Ministério da Gestão decidiu eliminar os candidatos que deixaram de preencher todas as informações obrigatórias no cartão de respostas, como o número do caderno de prova. A ministra Esther Dweck já havia explicado que quem não assinalou o número do gabarito não seria desclassificado e que a banca faria um “esforço enorme” para identificar os gabaritos desses candidatos.
O Concurso Público Nacional Unificado é um modelo inédito de seleção de servidores públicos, promovido pelo MGI. Com 6.640 vagas em diversas áreas, o certame é o maior já realizado no Brasil.
As oportunidades foram distribuídas entre 21 órgãos federais e organizadas em oito blocos: Infraestrutura, Exatas e Engenharias; Tecnologia, Dados e Informação; Ambiental, Agrário e Biológicas; Trabalho e Saúde do Servidor; Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos; Setores Econômicos e Regulação; Gestão Governamental e Administração Pública; e Intermediário.
Inicialmente agendado para 5 de maio, o concurso foi adiado para agosto devido às fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Mais de 2 milhões de pessoas se inscreveram, mas, após o adiamento, 31 mil candidatos desistiram e solicitaram reembolso. Brasília registrou o maior número de inscritos, com quase 200 mil, seguida pelo Rio de Janeiro (125,5 mil) e São Paulo (86,9 mil).