O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que o povo argentino “escolheu o caminho da liberdade” e espera que as demais nações do Mercosul sigam o exemplo e que farão isso “acompanhados ou sozinhos”. O discurso de Milei se deu durante seu discurso para o bloco econômico nesta quinta-feira.
“Embarcaremos no caminho da liberdade, juntos ou sozinhos, porque a Argentina não pode esperar. Precisamos urgentemente de mais comércio, mais atividade econômica, mais investimentos e mais empregos. É por isso que precisamos urgentemente de mais liberdade”, declarou.
O presidente argentino disse esperar que as reformas econômicas feitas pelo país sejam concretizadas antes que ele retome a presidência do bloco, que é rotativa a cada 6 meses. O Brasil assume no semestre de 2025.
Milei iniciou sua fala com críticas a medidas protecionistas adotas pelo Mercosul durante gestões anteriores. Ele afirmou que as políticas criaram uma “cortina de ferro” e essas “barreiras acabaram excluindo a região do comércio e da competição global”.
Além disso, para Milei, essas medidas deixaram os países reféns de bens e serviços piores mais caros, que “freou a economia”. “Nós buscamos por um fim ao que consideramos uma inércia destrutiva”, disse o argentino sobre o período que esteve à frente do grupo.
“Encerro esta presidência deixando este compromisso para a próxima presidência do bloco, liderada pelo Brasil, confiante de que juntos seremos capazes de dotar o Mercosul da ferramenta necessária para combater eficazmente o crime organizado transnacional. Nessa mesma linha, não podemos ignorar os inúmeros casos de detenções ilegais na Venezuela”, finalizou Milei.