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Método Líderes do Brasil reúne empresários em evento para jovens emprendedores

Evento reuniu empresários como Paulo Octávio, Edmar Mothé e André Octávio Kubitschek
Paulo Octávio, Luiz Felipe Daher e Edmar Mothé discutiram o empreendedorismo no painel principal
Paulo Octávio, Luiz Felipe Daher e Edmar Mothé discutiram o empreendedorismo no painel principal. Foto: Vanessa Castro

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O Método Líderes do Brasil realizou, nesta sexta-feira (4), mais um encontro com grandes empresários no Pátio Brasil. Com treinamentos, palestras e debates, o evento teve a participação de tradicionais lideranças, como Paulo Octávio e Edmar Mothé, e jovens como André Octávio Kubitschek. Também houve a apresentação de palestrantes e um show no fechamento das atividades.

André Kubitschek falou da importância do empreendedorismo para o crescimento do Brasil
André Octávio Kubitschek falou da importância do empreendedorismo para o crescimento do Brasil. Foto: Vanessa Castro

A primeira atração foi Luan Vasconcelos, especialista em liderança de alta performance. Em seguida, André Octávio Kubitschek, diretor da Rede Plaza Brasília de Hotéis, fez uma apresentação focada no segmento e no turismo. Demonstrando confiança no crescimento nacional, ele destacou que a geração de renda e riqueza deve ser constante, contínua e extensiva a todos, direcionando sua fala aos empresários.

“Alguém não precisa perder para que o outro ganhe. Ambos podem ganhar. A riqueza pode se multiplicar. O PIB pode ter dois dígitos, a economia pode crescer, mais empresas podem ser criadas. A geração de riqueza não tem teto. Ela é infinita. A economia não é uma soma a base de zero”, afirmou.

O bisneto de JK, fundador de Brasília, enxerga na capital uma cidade muito propícia para novos negócios. “Ela é uma das cidades que mais cresce hoje no Brasil, um verdadeiro celeiro de oportunidades para os empresários. E tem um potencial enorme de turismo. A gente vê muitas grandes capitais, como Roma, Londres e Paris, que basicamente vivem do turismo”, disse.

“Quando uma pessoa vem visitar nossa cidade, quem ganha? A companhia área ganha, o taxista ganha, o motorista de Uber ganha, o restaurante ganha, o bar ganha, os hotéis ganham, o comércio ganha. Então toda uma cadeia produtiva é fomentada através de um exemplo. Por isso que sou propagandista dos negócios dentro do sistema federal”, completou.

André Octávio Kubitschek abordou ainda a vocação empreendedora em sua fala. Ele destacou características muito importantes para os empresários. “São vocês que vão criar e correr riscos. Então tem de virar a chave mentalmente para ser criativo e preparar o coração para os riscos. Muitas pessoas vão para outra direção, vão ser profissionais de carreira, e não tem nada de errado com isso. Mas no empreendedorismo o limite é o céu. Só depende de cada um”, acrescentou.

O executivo também falou elementos dentro de uma operação. “O comercial e o marketing bem estruturados harmonizam o negócio”, disse, reafirmando a crença de que Brasília é o lugar certo para que todos abram seus novos negócios. Eu, meu bisavô, Juscelino Kubitschek, e meu pai sempre falamos que Brasília vai ser a capital econômica de toda a América Latina. Mas precisamos de cada um de vocês empreendendo, gerando empregos e ajudando nossa economia”, concluiu.

Paulo Octávio aconselhou aos jovens a como se portar diante dos desafios da vida empresarial
Paulo Octávio aconselhou aos jovens a como se portar diante dos desafios da vida empresarial. Foto: Vanessa Castro

Debate entre grandes líderes
Na sequência, o presidente e fundador do Líderes do Brasília, Luís Felipe Daher, subiu ao palco acompanhado pelos empresários Paulo Octávio e Edmar Mothé para um painel sobre empreendedorismo. Além de falar da trajetória de suas vidas e empresas, os dois deram importantes dicas para a plateia de mais de 250 pessoas.

“Eu acho que me ajudou muito o fato de ter começado a minha vida como vendedor. Aos 15 anos, eu comecei a vender seguro de vida com os meus professores aqui em Brasília. Eu acho que toda empresa tem que ser bastante vendedora. E sei que muito empresário tem medo de vender, de mostrar o seu produto. Mas é fundamental você ter coragem”, discursou Paulo Octávio.

O empresário revelou que, até hoje, gosta de vender. “Às vezes fazemos um lançamento e, quando vejo um cliente, tenho vontade de atender. E quando a gente consegue fazer a venda, ah, é uma realização. A gente tem que ter esssa vontade, como empresário, em qualquer segmento”, destacou.

Outro ponto que enfatizou é a necessidade de conhecer a história dos grandes empresários do Brasil e do mundo. “Aqui no Brasil, eu li tudo sobre o Barão de Mauá, que foi o grande empreendedor do século XIX. É impressionante perceber o que ele fez em tão pouco espaço do tempo. Também li a biografia de Francisco Matarazzo”, detalhou, antes de presentear a plateia com dois exemplares do livro do empresário paulista.

Paulo Octávio abordou aspectos estratégicos para que os empresários aumentem a percepção das empresas. “Antigamente a gente pensava em publicidade. Hoje em dia é em comunicação. A gente está vendo um mundo em evolução. Fenômenos que acontecem do dia para noite, como produtos serem vendidos e descobertos de repente. É o mundo moderno”, afirmou.

“O mundo mudou pela tecnologia. Vocês têm um futuro maravilhoso, com muitas mudanças. Não tenho dúvida que vai ser melhor. Quando, às vezes, as pessoas dizem que 40 anos atrás a vida era muito melhor, eu discordo. Minha vida é muito melhor hoje. E a evolução é cada vez mais forte”, destacou.

Ele afirmou que é fundamental reforçar a rede de relacionamentos no mundo dos negócios. “Fazer amigos e estar nas entidades de classe são coisas importantes. Mas a família é fundamental, a base de tudo. Você tendo uma boa esposa, um bom marido, você sabendo cultivar sua família tem respaldo. O empreendedor trabalha muito. Se você chegar em casa e não tiver tranquilidade, é muito difícil tocar a sua vida”, ressaltou, antes de falar nos aspectos sociais e políticos.

“Eu acho que todo mundo tem que ter uma crença. Quantos amigos eu tenho dentro da igreja? Tem que ter aqueles amigos que vão te visitar, com quem você vai falar. Têm ainda os sindicatos e os partidos políticos. São dezenas de partidos. Você pode entrar no que quiser sem gastar um centavo. Mas é importante ter uma vertente. Qual é a sua vertente? Eu gosto desse partido, eu gosto do Lula, eu gosto do Bolsonaro. Não tem problema do que você gosta, mas é importante você ter essa visão, porque não vivemos sozinhos”, avaliou.

Edmar Mothé detalhou o crescimento das redes Mundo dos Filros de Bio Mundo
Edmar Mothé detalhou o plano de crescimento das redes Mundo dos Filtros de Bio Mundo. Foto Vanessa Castro

Edmar Mothé, controlador das redes Mundo dos Filtros e Bio Mundo, mostrou uma linha de raciocínio semelhante, ao afirmar que em todo negócio, “o fundamental é vender”, pois todos os problemas da empresa ficam pequenos com esta vocação. “Uma empresa que não tem venda, a tendência é quebrar. Para quem vai montar um negócio, se tem um sócio, tem que haver alguém na gestão, mas tem de ter alguém muito bom em vender. Agora, se você tiver só uma bala na agulha, vamos vender”, analisou.

Ele também falou de sua trajetória como vendedor até a fundação da rede Mundo dos Filtros, fazendo uma homenagem a Cid Moreira, falecido esta semana.

“Montei uma lojinha de 23 metros, ali na 102 Norte. Eu sempre acreditei no marketing. A maior voz do Brasil na época, e eu já tinha juntado um dinheirinho para fazer uma graça, era a do Cid Moreira. Fui na agência e queria contratá-lo para fazer o lançamento. Era evidente que o Cid não podia saber que essa maior loja, a mais completa, tinha apenas 23 metros e o letreiro era de pano. E eu estava na agência quando ele retornou. A propaganda era mais ou menos assim: ‘Mundo dos Filtros, a mais completa loja de filtros do Brasil, 102 Norte, em frente ao Hran’. E ele queria saber a pronúncia de Hran. Infelizmente, essa voz a gente não vai ouvir mais”, relembrou.

Elogiando Paulo Octávio, a quem chamou de “Pelé dos relacionamentos e networking”, Edmar Mothé destacou pontos importantes para os empresários, como a importância de um bom marketing, escala e recorrência junto aos clientes. “Você precisa entender muito como trabalha, tem que ser uma verdadeira autoridade. Se é uma loja física, você tem de ter uma aparência que crie conexão com quem chega na loja. Precisa ter =técnicas de venda. E, talvez o mais importante, atitude”, contou.

Mothé deu ainda detalhes da criação da Bio Mundo. “Eu tinha uma loja que não estava funcionando legal. Aí fui à feira de franchising, em São Paulo, onde havia marcas de produtos naturais. E isso tinha casava com meu estilo de vida e o estilo de vida das minhas filhas. Então pensei, na época, em uma marca. E os executivos me ligaram e falaram que se eu quisesse montar, que eu criasse uma parceria entre com os outros franqueados”, detalhou.

“Eu liguei nessas pessoas e fiquei sabendo o quanto vendiam. E resolvi fazer uma nova loja do zero. Pensei assim: meu ponto era nota 9,5, mas eu tinha um boleto nota 5. Então, a loja vai ter 25% a mais que a melhor loja deles na cidade. E captei 125% a mais que a melhor loja”, destacou, contando que, dois anos atrás, a mesma marca o procurou para fazer uma fusão. “E eu não comprei. Montei uma empresa vendendo 100 milhões em apenas dois anos”, completou.

Após o debate entre os dois líderes, o evento do grupo Líderes do Brasil foi encerrado com uma palestra sobre Finanças em Vendas, ministrada por Pedro Favero, e um show e networking entre os empresários participantes da noite.