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Mesmo foragida, Carla Zambelli mantém apartamento funcional da Câmara dos Deputados

Licenciada do mandato e condenada pelo STF, deputada federal estaria na Itália e ainda não se entregou às autoridades

Mesmo foragida da Justiça, a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) ainda não desocupou o apartamento funcional da Câmara dos Deputados em Brasília. A informação é do portal Globo.com.

O prazo para devolução do imóvel terminou na última sexta-feira (4), mas até agora não houve movimentação da parlamentar — que estaria na Itália e é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a assessoria da Câmara, Zambelli será formalmente notificada. Caso insista na ocupação irregular, poderá ser obrigada a pagar indenização proporcional ao tempo de permanência indevida, com base no valor do auxílio-moradia atualmente pago a parlamentares sem residência funcional.

O valor se soma a outros vários já impostos à política, como a multa determinada pela Justiça após a condenação pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A legislação da Casa determina que o imóvel deve ser devolvido em até 30 dias após o afastamento do mandato. No caso de Zambelli, a licença foi oficializada em 5 de junho — sendo sete dias por motivo de saúde e outros 120 por interesse particular, sem remuneração.

A expectativa é de que a deputada alegue que o prazo para desocupação só deveria contar em caso de cassação definitiva, o que ainda não ocorreu. 

Zambelli foi condenada a dez anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas de informação do CNJ, com apoio do hacker Walter Delgatti Neto, quando incluíram um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A parlamentar também está na lista de procurados da Interpol.

Paralelamente à condenação, Zambelli responde a um processo de cassação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. O relator do caso, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), já sinalizou que se reunirá com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e com o presidente da CCJ, Paulo Azi (União Brasil-BA), para definir o rito do processo.

A defesa de Zambelli solicitou, no dia 2 de julho, uma acareação com o hacker Walter Delgatti Neto, também condenado.

O pedido segue em análise.

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Edição 42

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