Redação GPS O mercado de trabalho tem enfrentado inúmeras mudanças, muitas delas fomentadas pela pandemia. Profissionais, de um modo geral, estão se readaptando e valorizando cada vez mais características que, antes, pouco se falava. Muitos destes profissionais, já não se atraem apenas por uma boa remuneração, pelo contrário, um bom salário é apenas o complemento de aspectos principais como bem-estar, desenvolvimento e autonomia para exercer as atividades do dia a dia. E não só isso.
A comunicação com o líder/gestor, também tem se mostrado como um dos principais aspectos que influenciam a permanência de um profissional em uma organização. Em um estudo realizado por Francis Flynn, professor de comportamento organizacional da Stanford Graduate School of Business (Escola de negócios da Universidade Sanford), revelou que os liderados preferem um chefe que fale muito, a um líder que não se comunica bem e deixa todos “no escuro”. Com resultados obtidos a partir de uma análise composta por mais de 2,7 mil avaliações de liderança colhidas em aulas de MBA, os especialistas comprovaram que queixas acerca da comunicação das chefias se tornaram mais comum do que o imaginado. As críticas giram em torno unicamente da má comunicação, frente a outras habilidades exigidas de um executivo.
Fomentar o diálogo entre líder e liderado sempre foi importante, mas o período pandêmico incentivou ainda mais essa prática, especialmente com a adoção do home office ou formato híbrido de trabalho. “Temos um quadro grande de profissionais que não víamos durante a pandemia, mesmo assim, a operação precisava continuar de forma eficaz, o diálogo claro e assertivo foi a chave para que tudo caminhasse bem”, afirma o sócio e gestor do NWGroup, Fernando Cavalcanti.
O executivo também comenta que, para que a empresa seguisse em pleno desenvolvimento, em um momento de expansão, foi necessário redefinir muitas rotas. “Ninguém estava preparado para lidar com os desafios desencadeados pela pandemia, isso é inegável. Foi preciso redefinir processos simples com todos os departamentos, com cada especialista dentro desses departamentos. Até acertar, erramos bastante. Mas, sempre cientes de que tudo se resolve com diálogo e estratégia.”
Cavalcanti avalia que as mudanças incentivadas pela pandemia são apenas o começo de um horizonte repleto de novos desafios. “O mercado de trabalho é volátil, influenciado por diversos fatores como a economia, novas ferramentas, gerações diferentes, entre muitos outros aspectos. Então, espera-se que, naturalmente, esteja em constante mudança, é uma questão de adaptabilidade, tanto por parte das empresas, como dos colaboradores.”
