GPS Brasília comscore

Mercado aposta em Selic até 15,25% em junho, antes de o BC desacelerar a taxa

Limitação de alta em 0,75 ponto para maio faz com que economistas especulem o momento do teto

Depois de três reuniões em que a Selic subiu em velocidade constante – um ponto percentual a cada vez que os diretores do Banco Central (BC) se reuniram desde dezembro -, o Comitê de Política Monetária (Copom) avisou na última quarta-feira (19), que, salvo mudança relevante do cenário, pretende reduzir o ritmo em maio. O comunicado, ao estabelecer 0,75 ponto porcentual como o teto da próxima decisão, reforçou a percepção do mercado de que o BC encaminha para o fim o ciclo de aperto de juros.

Não houve compromisso, no entanto, de que o BC fará em maio o último aumento da Selic, pois a autoridade monetária não deu pistas para além de seu próximo encontro. Assim, na sequência do comunicado em que o Copom confirmou a elevação dos juros para 14,25% ao ano, as primeiras reações no mercado mostraram convergência para o fim do ciclo em junho, mas também há quem aposte que o BC vai passar a régua e fechar a conta já em maio.

No texto em que expõe os primeiros argumentos que levaram à alta da Selic, o Copom mostra-se ainda preocupado com a desancoragem das expectativas, fala em elevada incerteza e apresenta o diagnóstico de que a atividade econômica, apesar de sinais de desaceleração, mostra dinamismo e resiliência. Essa visão ajudou a reforçar projeções, majoritárias, de que a Selic vai subir pelo menos mais uma vez após maio, chegando a 15% ou 15,25% em junho.

Por outro lado, o BC, além de indicar que seu próximo passo será um aumento em menor magnitude da Selic, fez menção a efeitos defasados do aperto monetário. Foi, na interpretação de alguns economistas, uma senha de que as altas dos juros estão chegando ao fim, por sugerir um entendimento de que a política monetária, em território já bastante restritivo, terá efeito sobre a inflação. Após a leitura do comunicado, economistas de bancos como BMG e BNP Paribas projetaram fim de ciclo em maio, com uma elevação final da taxa entre 0,50 e 0,75 ponto percentual.

Com a experiência de quem já esteve no Copom, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mario Mesquita, observou que menções às defasagens da política monetária ocorrem, historicamente, antes do fim do ciclo de ajustes. Ele pondera que isso não sugere que o Copom “necessariamente interrompa o aperto monetário”. Em maio de 2022, o Copom fez menção a defasagens na ata de sua reunião e, ainda assim, fez mais dois aumentos de 50 pontos-base. A previsão do Itaú, assim como a de economistas de bancos como Bank of America, Barclays, Daycoval e BTG Pactual, é de que a Selic vai subir mais duas vezes e chegar a 15,25%.

QUER MAIS?

INSCREVA-SE PARA RECEBER AS NOTÍCIAS DO GPS BRASÍLIA!

Não fazemos spam! Leia nossa política de privacidade para mais informações.

Veja também

Experiência japonesa une coquetelaria, gastronomia e música em jantares imersivos …

Do brunch à sobremesa, da caça aos ovos a menus …

GPS Brasília é um portal de notícias completo, com cobertura dos assuntos mais relevantes, reportagens especiais, entrevistas exclusivas e interação com a audiência e com uma atenção especial para os interesses de Brasília.

Edição 42

Siga o GPS

Newsletter

@2024 – Todos os direitos reservados.

Site por: Código 1 TI

GPS Brasília - Portal de Notícias do DF
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.