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Menos quedas e mais vida social: os benefícios da musculação para idosos

Prática regular de musculação na 3ª idade traz impactos positivos para a qualidade de vida

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Segundo Anderson Dornelas, professor de educação física e gestor da Bodytech de Brasília, estudos apontam que o ganho de massa muscular e óssea são estratégias essenciais para um envelhecimento saudável, pois combatem a perda de massa magra e ajudam a manter a nossa independência física e cognitiva.

“O treinamento resistido, inclusive, já tem se mostrado uma importante ferramenta para postergar problemas no cérebro, como demência ou Alzheimer. Estudos indicam, por exemplo, que quanto maior o índice de força em membros inferiores, menor é a incidência de déficits cognitivos”, explica. E sabe aquela sua programação financeira, visando ter mais conforto, poder viajar e curtir a aposentadoria? Para a massa muscular, o pensamento é o mesmo!

Dornelas destaca que podemos dividir o ciclo da vida em três etapas: construção, manutenção e declínio. “O ideal é cultivar a massa muscular e óssea nas duas primeiras fases, pois isso nos dá uma longevidade maior, com a possibilidade de aproveitar a expectativa de vida – que está aumentando – de forma ativa, e não apenas sobrevivendo no final da vida”, diz.

 

TEM MAIS VANTAGENS

Além de toda essa melhora da funcionalidade e da capacidade de realizar atividades da vida diária, outro grande benefício de frequentar uma academia na 3ª idade é o aumento da rede de convívio para os idosos que, por vezes, desenvolvem depressão, justamente por verem seus ciclos sociais diminuindo a cada dia.

“Muitos alunos acabam criando laços de amizade com outros frequentadores da academia e levando esses amigos para a vida deles, tendo outros encontros e passeios juntos”, ressalta o gestor da Bodytech de Brasília. E as vantagens não param por aí, pois a musculação ainda tem o importante papel de minimizar o risco de quedas e fraturas, o que já é relacionado na literatura como um importante fator para a longevidade, visto que a expectativa de vida de idosos que sofrem esse tipo de lesão diminuem drasticamente.

“Algumas lesões ortopédicas, como fratura na cabeça do fêmur, por exemplo, aceleram o processo de perda de massa muscular, por diminuírem momentaneamente, ou de forma permanente, os movimentos que esses idosos conseguem realizar”, alerta o professor da Bodytech Brasília. “A consequência é a diminuição das atividades diárias, como locomoção e até o ato de sentar e levantar de uma cadeira ou do vaso sanitário, levando-os a uma rotina mais sedentária e até diminuindo a expectativa de vida.”

 

NUNCA MALHEI, E AGORA?

A boa notícia é que não é tarde para começar! Contudo, o mais indicado é seguir um programa de treinamento individualizado e personalizado, especialmente na 3ª idade, o que traz segurança e resultados consistentes ao idoso.

“Isso inclui consultar um médico e ser atendido por uma equipe multidisciplinar da saúde, formada também por profissionais de educação física, fisioterapia, nutrição e geriatria”, alerta Dornelas, antes de completar: “Já na academia, é importante procurar um instrutor de musculação qualificado, se possível especialista em treinamentos para o público da melhor idade.”

Inicialmente, ele indica pesquisar academias em sua região que ofereçam programas voltados para idosos, como a Bodytech, ou que tenham profissionais qualificados em treinamento para essa faixa etária. Outra orientação importante é pedir recomendações a amigos, familiares ou profissionais de saúde que possam conhecer e sugerir locais de confiança.

Após essa pesquisa inicial, agende uma visita pessoalmente ao local para conhecer as instalações, verificar a acessibilidade, equipamentos e ambiente. “Também é interessante escolher uma academia que seja conveniente para você nos quesitos melhor localização, horário de funcionamento e facilidade de acesso. Isso aumentará suas chances de manter uma rotina consistente de exercícios”, finaliza o gestor da academia Bodytech em Brasília.

 

Ivone Silva de Castro, dona de casa, casada, 71 anos, frequenta a Bodytech Lago Sul

*O que te levou a buscar a musculação? Quando começou?

Por toda a minha vida, eu começava na academia e saia. Tudo mudou quando entrei na Bodytech, há cerca de 10 anos. Lá, comecei nas aulas de Pilates, com uma professora bastante acolhedora, e fui gostando tanto de me exercitar que decidi começar a praticar dança e, por fim, musculação.

Acredito que o acolhimento foi o que fez tudo funcionar, pois, em outras academias, eu começava e não continuava após um mês. Hoje, tenho o acompanhamento de um personal, por três vezes na semana, e consigo levantar 100 kg no leg press, e fazer exercícios de braço com pesos de até 50 kg. (tom orgulhoso)

O que me segura também é a amizade, pois é muito bacana toda essa ligação que construí com as minhas amigas que conheci lá. Tanto que a amizade

é muito mais do que a academia, com direito a celebrações de aniversários e saidinhas para papear.

*Quais eram suas expectativas e medos em relação à musculação?*

Tinha muita vontade de fazer musculação, pois via as pessoas com um corpo bonito por causa dela e, hoje, com 71 anos, me sinto muito melhor do que há 10 anos, com um corpo bem mais arrumado. Além disso, esse negócio de dor não tenho mais, não. Antes, sentia lombar e joelho, o que não existe mais hoje. Precisei fazer uma cirurgia e, por dois meses, terei que trancar a academia. O pior de tudo está sendo não ter essa rotina, que cumpro todas as manhãs durante a semana

*Como a musculação impactou sua saúde física e mental?*

O fato de frequentar a academia, e ter uma vida com exercícios, impactou muito a minha vida, especialmente a parte social. Antes, por exemplo, eu não ligava muito para comemorar aniversário. Fazia um almoço ali para a família, coisa simples. Hoje, no entanto, gosto de comemorar em grande estilo, de forma mais animada. Contrato banda, para eu e minhas amigas dançarem, chamo buffet e cuido da decoração, da melhor forma de receber as minhas amigas da academia.

*Como a equipe da BodyTech te auxiliou na conquista dos seus objetivos?*

Eu já estive em outras academias que não têm aulas de dança e não tem o conforto que a Bodytech oferece. E o fato deles oferecerem opções de aulas me ajudou bastante a me animar.

*Como a prática de exercícios físicos influenciou sua rotina e disposição no dia a dia?*

Hoje, por exemplo, não tenho aquele braço típico de pessoa mais velha, justamente por eu fazer exercícios. Também tenho o abdômen e um corpo bem arrumadinho porque faço exercícios. Me sinto com um corpinho de 15 anos por malhar, o que me ajuda a ter um dia a dia funcional e sem dores. É ótimo!

*Que mensagem você gostaria de transmitir a outros idosos que desejam iniciar a musculação?*

A pessoa que não tem o costume de ir para a academia, precisa ir devagar. Comece, talvez, pelo pilates, ou pela aula de alongamento, e vá criando o hábito, acostumando com o horário, para conseguir ser frequente. Minha vida deu uma guinada quando contratei a ajuda de um personal trainer. Também veja se o lugar tem professores que te acolhem. Hoje sou uma das mais fanáticas da academia, e gosto de verdade, mesmo. A pessoa que não tem o costume de ir para a academia, precisa ir devagar. Peso leve, ir acostumando horário, se habituando no costume e no melhor horário. Também chame um amigo para te acompanhar, pois tem que ter força para ir sozinho. Tudo é uma combinação.