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Menopausa: tratamentos modernos contribuem para a regulação hormonal

Médica pós-graduada em endocrinologia explica que intervenções adequadas podem melhorar a saúde física, mental e emocional nesta etapa da vida feminina

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A menopausa, uma fase natural na vida de uma mulher, é frequentemente acompanhada por uma série de sintomas físicos e emocionais, sendo o desequilíbrio hormonal o causador de todas as mudanças. Este estágio, que geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos, marca o fim do ciclo reprodutivo e traz consigo uma série de alterações que podem afetar significativamente a qualidade de vida da mulher. A médica pós-graduada em endocrinologia, Dra. Priscilla Proença, explica que tratamentos modernos feitos sob acompanhamento especializado são fundamentais nesse período.

“A menopausa será, provavelmente, um grande problema de saúde pública no Brasil, porque as mulheres estão entrando mais cedo na menopausa. Os sintomas estão mais intensos e, aqui no Brasil, considerado o país mais ansioso do mundo, a menopausa ocorre de dois a quatro anos mais cedo do que na Europa, por exemplo. Então, existem hoje, no nosso país, 18 milhões de mulheres na menopausa com sintomas e menos de 4 milhões delas fazem reposição hormonal”, destacou a médica.

Durante a menopausa, os níveis de estrogênio e progesterona, dois hormônios fundamentais para o sistema reprodutivo feminino, diminuem significativamente. Esse declínio hormonal pode resultar em uma série de sintomas, desde ondas de calor e suores noturnos até alterações de humor, insônia, ganho de peso, ressecamento vaginal e perda de densidade óssea. Muitas mulheres relatam sintomas de ansiedade, irritabilidade e depressão durante a menopausa, o que pode ser atribuído às alterações hormonais e às mudanças na produção de neurotransmissores.

Por isso, a médica informa que é importante deixar claro que os tratamentos são aliados nessa situação. “Muitas mulheres estão sofrendo com diversos sintomas da menopausa, às vezes, no auge da carreira, da vida, e não estão recebendo o tratamento que merecem. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2030, teremos no mundo 19 bilhões de mulheres na menopausa com sintomas. Então, é realmente necessário informar sobre os benefícios e a segurança de se fazer a reposição hormonal” que é o principal tratamento desta fase, complementou.

Dra. Priscilla Proença informa que a reposição hormonal aumenta a expectativa de vida e evita, em até 40%, doenças quando comparadas às mulheres que não fazem reposição hormonal. Atualmente, o tratamento mais moderno para os desequilíbrios hormonais são os implantes de hormônios, que fazem uma reposição segura e contínua podendo ser associados a outros ativos como o NADH, uma coenzima de energia celular; o resveratrol (antioxidante), entre outros, a depender da necessidade.

“Essa intervenção para reequilibrar o funcionamento do corpo acaba melhorando também outros aspectos da saúde que estão conectados à fisiologia hormonal, como a antioxidação e a anti-inflamação. Neste caso, temos oportunidade de realizar um tratamento mais integral quando utilizamos a via de implantes na busca do equilíbrio entre corpo e mente, esclarece.

Dra Priscilla Proença ressalta que, além do tratamento com reposição hormonal, é possível contribuir para minimizar os sintomas das alterações hormonais com a adoção de um estilo de vida funcional, ou seja, se alimentar com mais qualidade, gerenciar o estresse e a ansiedade, ter um sono de qualidade e reparador. “Essas ações do estilo de vida também vão nos fazer evitar desregulações fora do padrão de idade”, disse.

A médica disse, ainda, que não é necessário esperar chegar na época da menopausa para buscar ajuda. A partir dos 30 anos as mulheres já devem passar por uma avaliação médica para avaliar os níveis dos hormônios, prevenindo e tratando o desequilíbrio hormonal de forma assertiva, inclusive quando ele ocorre precocemente.