O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de envolvimento nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, mencionou o conselheiro Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), como um dos possíveis mandantes do crime, conforme noticiado pelo site The Intercept Brasil nesta terça-feira (23).
Segundo as declarações de Lessa, o crime teria sido encomendado em março de 2018, coincidindo com o mês da morte da vereadora e do motorista. Ronnie Lessa, apontado como executor, encontra-se detido desde março de 2019.
Domingos Brazão, atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, possui foro privilegiado, o que sugere que, se confirmado, seu envolvimento seria alvo de investigação especial. O acusado também teve uma carreira política, sendo deputado estadual por cinco mandatos consecutivos, acumulando suspeitas de corrupção antes de ser afastado.
Para a reportagem, uma autoridade informou que o caso está próximo da conclusão e que Domingos Brazão foi mencionado, mas não pôde confirmar se foi apontado como mandante.
Outra fonte destacou que o acordo de delação ainda não foi homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que impede a verificação imediata da veracidade dos elementos apresentados.
Até o momento, o advogado Palma, que representa Domingos Brazão, não se pronunciou em resposta ao contato da reportagem. O texto será atualizado com eventuais declarações.