O MDB indicou nesta quarta-feira (9) os membros que farão parte da equipe do governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. **Os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho integrarão o conselho político da equipe**.
Na terça-feira (8), **a presidente do PT, Gleisi Hoffmann**, formalizou o convite para que o MDB compusesse o conselho. À tarde, o vice-presidente eleito e coordenador-geral da transição, Geraldo Alckmin, anunciou o PT, PSD, PSB, Agir, PROS, Avante, Solidariedade, PV, PSOL, PCdoB e PDT como integrantes do grupo. O MDB ainda não estava entre eles.
Além do conselho político, **o partido terá representantes nos grupos temáticos**. Como anunciado ontem por Alckmin, **a senadora Simone Tebet coordenará a área de assistência social**. O secretário-executivo do MDB Nacional, Reinaldo Takarabe, também integrará esse grupo. Também fazem parte da coordenação as ex-ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes e Tereza Campello, e o deputado estadual mineiro André Quintão (PT-MG).
![Senadora Simone Tebet coordenará área de assistência social da comissão de transição: expectativa de protagonismo no terceiro mandato de Lula](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/tebet1_9f3168586e.jpg)
Ainda pelo MDB, **o ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto**, fará parte do grupo da indústria, comércio e serviços. Os coordenadores dessa área temática ainda não foram oficializados.
Também ontem, Alckmin anunciou os coordenadores da **área econômica**: os economistas André Lara Resende, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo Fernando Henrique Cardoso e um dos formuladores do Plano Real; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; o professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Guilherme Mello; e Nelson Barbosa, ministro da Fazenda no segundo governo Dilma Rousseff.
Em pronunciamento, o **vice-presidente eleito Geraldo Alckmin** lembrou que a definição dos nomes que coordenarão a transição não significa a ocupação de cargos ou de ministérios no próximo governo. Ele também confirmou que Guido Mantega, ministro da Fazenda de 2006 a 2014, participará da transição, mas em outro grupo técnico.
**Transição**
Nesta quarta-feira, ao chegar ao **Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB)**, em Brasília, onde funciona o gabinete de transição, o coordenador dos grupos técnicos, Aloizio Mercadante, disse que a maioria dos integrantes do governo de transição deve ser anunciada até o fim da semana. **No total, são 31 grupos temáticos**.
Segundo ele, a equipe já solicitou ao governo do presidente Jair Bolsonaro as informações necessárias à **transição**. “_O papel dos grupos de trabalho da transição é fazer um diagnóstico detalhado de cada um dos ministérios, saber como está a situação orçamentária, estrutura administrativa e as carências, além de discutir as prioridades do programa para o início do próximo governo. Eu imagino que entre hoje e amanhã a gente já anuncie praticamente todos os grupos_”, explicou.
Mercadante disse, também, que a equipe já solicitou ao governo do presidente Jair Bolsonaro as informações necessárias à transição, por meio de ofícios à **Casa Civil**, que representa o atual governo na transição.
“_Nós solicitamos todas as auditorias que o Tribunal de Contas da União tem. Eles têm as auditorias operacionais de cada um dos ministérios e ali já estão as informações sistematizadas, já tem uma agenda dos temas mais sensíveis, dos problemas mais relevantes_”, disse o petista.
“_Todos os nossos requerimentos são encaminhados para a Casa Civil. O Tribunal de Contas da União fiscaliza e acompanha a devolutiva e isso está sendo cumprido_”, completou.