“Foi uma confusão, mas sobrevivemos a tudo e vencemos, o que é mais importante.” Foi com essa frase que o holandês Max Verstappen definiu o triunfo na madrugada deste domingo (2), no GP da Austrália. A prova foi marcada por vários acidentes e interrompida cinco vezes. O holandês, que também venceu no Bahrein, disparou na liderança do Mundial de pilotos e, com 69 pontos, abre 15 de vantagem para o seu companheiro de equipe, Sergio Pérez, vice-líder na classificação.
A corrida realizada no circuito de Albert Park, em Melbourne, teve emoção do início ao fim com acidente já na primeira volta. Com três bandeiras vermelhas acionadas, a disputa contou ainda com quatro relargadas.
Depois de perder a liderança na largada para George Russell, Verstappen afirmou que optou pela prudência no início em função da dificuldade do circuito. “Fui bastante cuidadoso na primeira volta porque tinha muito a perder e os outros (pilotos) tinham muito a ganhar. A prova foi muito complicada”, afirmou o holandês.
O Grande Prêmio contou com oito abandonos. Diante de uma corrida caótica, Verstappen aproveitou a coletiva para criticar a direção da prova.
“Não precisávamos de uma corrida tão longa para resolver os problemas que surgiram. Muitos pilotos ficaram confusos quanto à necessidade dessa última bandeira vermelha. Hoje foi um dia difícil. O que eu procurei fazer durante a prova foi evitar qualquer tipo de contato. Meu objetivo passou a ser ficar na pista até o fim”, comentou o vencedor.
No pódio pela primeira vez nesta temporada, Lewis Hamilton vibrou com a segunda colocação, mas admitiu surpresa com o resultado final.
“Não esperava terminar a prova em segundo lugar. Foi uma surpresa. Os pneus estavam desgastados, não tinha como pressionar o Verstappen e tive que segurar o Alonso (que terminou em terceiro lugar e completou o pódio)”, disse o inglês da Mercedes.
Logo na primeira volta, ferrarista Charles Leclerc rodou na pista e teve que deixar a corrida. Em seguida, na volta número 7, Alexander Albon, da Williams, bateu forte no muro. Na volta 18, o motor da Mercedes de George Russell, pegou fogo. O britânico foi obrigado a abandonar a prova e voltar a pé para os boxes.
A duas voltas para o fim, quando o pódio se formava com Max Verstappen, Lewis Hamilton e Fernando Alonso, a corrida foi interrompida em razão de uma batida do carro de Kevin Magnussen, da equipe Haas. Quando a corrida foi reiniciada, poucos minutos depois que os pilotos deixaram os boxes, vários carros se envolveram em outro acidente, tirando Pierre Gasly, Esteban Ocon, Logan Sargeant e Nyck de Vries da disputa, na Austrália.
Depois de enfrentar uma classificatória difícil, tendo que largar em último, Sergio Perez fez uma corrida de recuperação e conseguiu terminar na 5º colocação. A McLaren, que emplacou seus dois carros entre os dez primeiros também teve o que comemorar com o sexto lugar de Lando Norris e a oitava colocação de Oscar Piastri.
A corrida trouxe ainda marcas individuais importantes para os três primeiros colocados. A terceira colocação em Melbourne foi o 101º pódio de Fernando Alonso. Vice-líder da prova, Hamilton quebrou um jejum. Seu último pódio foi em novembro do ano passado, quando terminou em segundo lugar no GP de São Paulo. Já Verstappen festejou a sua primeira vitória correndo na Austrália.
No Mundial, além dos dois pilotos da Red Bull que ocupam o primeiro e segundo lugar respectivamente, a prova deste domingo serviu para confirmar Fernando Alonso em terceiro com 45 pontos, sete a mais do que Hamilton, o quarto colocado. A próxima etapa do calendário mundial de Fórmula 1 vai ser o Grande Prêmio do Azerbaijão. A preparação e realização vai ser entre os dias 28 e 30 de abril.