A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, esclareceu, neste domingo (25), que a densa fumaça que tomou conta do céu de Brasília é resultado de incêndios em várias regiões do Brasil, como a Amazônia e o Pantanal, além de áreas da Bolívia. A declaração foi feita após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir a crescente ameaça dos incêndios florestais em todo o país.
Marina Silva apontou que dois fatores contribuíram para a situação crítica na capital federal: “Temos processos de incêndio no entorno de Brasília, que influenciam na cobertura de fumaça, e também a fumaça que provavelmente está vindo de outras regiões. As equipes técnicas estão avaliando para determinar exatamente de onde essa fumaça se origina, considerando as correntes de ar”, afirmou a ministra durante o encontro na sede do Ibama.
Além das queimadas em território nacional, a ministra mencionou o cenário alarmante na Bolívia, que enfrenta sérias dificuldades.
“A Bolívia está numa situação de muita penúria e nos pediu ajuda, mas o Brasil está utilizando todos os recursos disponíveis para combater os incêndios nas áreas afetadas”, acrescentou.
Marina Silva destacou que, apesar da gravidade da situação, o governo federal tem atuado preventivamente para reduzir o impacto das queimadas. Ela enfatizou que sem essas medidas, a situação no país seria “incomparavelmente difícil”.
“Se não tivéssemos nos preparados desde 2023 para enfrentar esse desafio, estaríamos em uma situação muito mais complicada. A redução de 50% no desmatamento da Amazônia no ano passado e de 45% este ano foi crucial para isso”, ressaltou.
A ministra também comentou sobre a “operação de guerra” montada pelo governo desde 2023 para enfrentar as queimadas, explicando que o trabalho envolve uma coordenação abrangente entre diferentes ministérios, Ibama, Icmbio, Polícia Federal, Forças Armadas e o DNIT, que atua na proteção das áreas marginais às estradas.
“Ao longo de 2023, tomamos várias medidas legais e operacionais, como a redução do tempo necessário para a contratação de brigadistas e a aprovação de créditos extraordinários para reforçar as ações em campo. Felizmente, o presidente Lula fez um grande esforço para que tivéssemos esse trabalho integrado com todos os ministérios”, concluiu a ministra.