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Maria Cobogó exalta a literatura em páginas brasilienses

O **Dia Nacional do Livro** é celebrado neste sábado, 29. A data é uma homenagem à Biblioteca Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, **transferida de Portugal para o Brasil, em 1810**. A Biblioteca é **a maior biblioteca da América Latina**. Em Brasília, símbolo de muitas artes, a literatura não pode — e não passa despercebida.

**Falar de livro é falar de vida, de passado, presente e futuro**, além de falar de representação. Quem lê não só viaja, mas encontra a si mesmo em cada página e fala de si e da sua realidade para o mundo ler. Para isso, o GPS conversou com um coletivo editorial que representa em páginas brasilienses a paixão pela literatura.

Ana Maria Lopes, Solange Cianni, Marcia Zarur, Christiane Nóbrega e Claudine Duarte formam o **Coletivo Editorial Maria Cobogó**. Juntas, são quatro anos de trabalho, 23 livros publicados, duas finais do Prêmio Jabuti e uma final do Prêmio Candango de Literatura. Todas escolheram a cidade para viver e **_“dar voz e visibilidade à literatura do DF”_**, como explicou **Ana Maria, uma das fundadoras**.

![Foto: Reprodução/Instagram](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/image4_0fd0bbad59.jpg)

_”A arte tem um poder extraordinário nas nossas vidas, ler é terapêutico. O clichê de viajar sem sair do lugar é real, ter sensações das mais diversas, chorar de saudade do personagem quando o livro acaba, sentir raiva do vilão são sentimentos que nos humanizam e possibilitam nos colocar no lugar do outro. Ler é imprescindível.”_ contou Christiane Nóbrega ao GPS.

**Quinteto da literatura do Distrito Federal**

Ana Maria Lopes e Solange Cianni são cariocas, Marcia Zarur e Christiane Nóbrega são brasilienses e Claudine Duarte é goiana. No fim, o estado de nascimento pouco importa, afinal **todas escolheram Brasília para viver e fazer a cidade mais viva ainda por meio da literatura**. _“O Coletivo Literário Maria Cobogó surgiu em 2018 a partir do desejo de sete mulheres de Brasília com um sonho em comum: fazer literatura”_, conta Christiane.

As Marias são cheias de feitos importantes. Para citar alguns: **Ana Maria Lopes**, fundadora do Maria Cobogó, está em Brasília desde 1963. A literatura está na vida como leitura e como autora, são **sete livros publicados, sendo três de poemas, dois romances históricos e dois livros infanto-juvenis** da Coleção Mestres Cobogós, feitos com Marcia Zarur.

Nos dois volumes da coleção, as duas levaram a missão de produzir um material que **leva para o público juvenil o retrato de artistas de importância ímpar para a capital: Glenio Bianchetti e Athos Bulcão**. O próximo livro será lançado será 2023 e trará **a vida e as atividades de Dulcina de Moraes**. _“Assim, pretendemos abranger todas as áreas culturais: cinema, fotografia, teatro, artes plásticas, literatura, arquitetura e muito mais”_, destacou Lopes.

![Coletivo Editorial Maria Cobogó / Foto: Glênio Dettmar](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/image3_e41cbb15ad.jpg)

**Claudine Duarte**, também fundadora, é arquiteta pela Universidade de Brasília, escritora e dirige o **projeto Calangos Leitores, que leva às escolas públicas clubes de leitura**. Solange Cianni foi **campeã de vendas na Feira do Livro em Lisboa** com seus últimos livros: _Bailarina do Meu Jardim_, em parceria com João Antônio e Gabriel Guirá, e _O Luto da Baleia_.

**Marcia Zarur** é jornalista, também formada pela UnB, atuou como **âncora dos telejornais como da Globonews no Rio de Janeiro e do DFTV**, em Brasília, mas traduziu seu afeto pela cidade em palavras, traduzindo a **cultura candanga** pelos portais Olhar Brasília e Distrito Cultural.

**Christiane Nóbrega** é **advogada e escritora**. O que nasceu na segunda série com uma poesia premiada, se transformo em quatro livros publicados, um romance e três infantis, como Fios, livro vencedor do Jabuti de literatura infanto-juvenil 2020.

_“Como todas nós no Coletivo Maria Cobogó, a escrita veio cedo. Particularmente, escrevo desde as primeiras letras. Cresci numa casa onde se incentivava a leitura. Lia muito e a escrita nasceu espontaneamente. Daí para o curso de jornalismo na UnB foi um processo natural”_, conta Ana Maria.

**Escritoras indicam seus livros preferidos**

Nesta data, fizemos a pergunta mais difícil para as escritoras: **quais são os seus livros prediletos?** Ana Maria e Christiane nos contaram. Entre nomes clássicos, nacionais e internacionais, há a **dificuldade em escolher, o medo de deixar alguma coisa de fora** e acima de tudo o profundo respeito por essa arte.

![Ana Maria Lopes. Foto: Janine Moraes](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/image1_b2339bf6c5.jpg)

“Confesso que essa é a pergunta mais difícil de todas. Como elencar as obras clássicas e universais? Como deixar de lado nossa literatura?”, disse Ana.

Na categoria de **personagens marcantes**, Ana escolheu **_O Apanhador no Campo de Centeio_**, do Sallinger. _“Personagem mais icônico do século XX”. Ao seu lado, Ulisses, de James Joyce, é “antológico”_. Na categoria de **obras-primas nacionais: _Grande Sertões Veredas_**, de Guimarães Rosa, **_Vidas Secas_**, de Graciliano Ramos, além dos contos de Machado de Assis. _“Certamente, estou deixando escritores maravilhosos de lado e cujas obras fazem com que o mundo tenha uma luz de esperança”_, afirmou Ana após fazer sua lista.

Quando o assunto é **literatura internacional**, os nomes que aparecem de imediato são Tolstoi, Dostoiévski, Anna Akmátova, Proust, Flaubert, Simone de Beauvoir, José Saramago, Eça de Queiroz, entre outros. _“Tenho sempre um livro comigo. Quando viajo levo quatro ou cinco. Já tentei usar a leitura em tela, mas nada substitui o livro físico que manuseio, sublinho, escrevo em suas bordas e mantenho sempre como um aliado, um cúmplice na alegria e na emotividade. São companheiros de vida”_, concluiu.

![Christiane Nóbrega. Foto: Cortesia](https://gpslifetime.blob.core.windows.net/medias/landing-page/image5_c856f31ea0.jpg)

Para Christiane, o destaque vai para **a capacidade de viajar, sorrir e chorar**. Ao escrever e contar histórias, para os filhos ou para o público, viu os encantos das letras exaltados por todas.

*Sobre as dicas*, ela disse: _“Complexo responder essa, é como se os livros tivessem vida e fossem ficar enciumados. São muitos…”_. O _Leite Derramado_, do Chico Buarque; _O Bebedor do Vinho de Palmeira_, de Almos Tuotola; _Quarenta Dias_, de Maria Valéria Resende; _O Olho mais Azul_, de Tony Morisson; _Torto Arado_, de Itamar Vieira Júnior; e _As Alegrias da Maternidade_, de Buchi Emecheta foram os escolhidos.

Pois é, são **vários títulos das Marias** e alguns outros para consumir! **Anotou tudo?**

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