Redação GPS A vocação ao trabalho social começou ainda na adolescência de Margarida Kalil Posadas. Com o exemplo dos pais, a vontade de ajudar quem mais precisa veio naturalmente. Presidente da tradicional Casa do Candango desde setembro de 2022, ela encara o desafio de administrar a creche e o lar de idosos, que atendem quase 400 pessoas.
A história de Margarida é mais uma que mostraremos na semana das mulheres. A presidente da Casa do Candango é, assim como muitas brasileiras, uma pessoa que se propôs a dar o melhor de si a um projeto.
A missão de trazer novas ideias à Casa do Candango está a todo vapor. A tradicional capela da sede, localizada na SGAS 603, na Asa Sul, foi reformada. A inauguração está marcada para o sábado 11/3, às 11h, com a presença de autoridades. A expectativa é que o espaço seja uma ferramenta importante para que mais pessoas possam conhecer a entidade e trazer mais arrecadação, com o aluguel para casamentos, batizados e eventos ecumênicos.
“Recebemos uma verba per capita da Secretaria de Educação, que não é suficiente para fazer reformas e dar qualidade melhor às 335 crianças que nós atendemos. A gente precisa buscar, através de eventos e vendas do bazar. Precisamos de outras fontes para que as crianças se sintam em casa”, afirmou Margarida.
A creche oferece um atendimento de qualidade às crianças, das 7h30 às 17h30. Já o Lar São José, localizado em Sobradinho, lida com 54 idosos. Para manter as operações, o bazar, mencionado pela presidente, se mostrou tão significativo que foi tornado permanente. Os itens oferecidos chegam por conta de doações de pessoas físicas, mas também advindos de apreensões da Receita Federal e mobiliário usado do Supremo Tribunal Federal.
História
A dedicação à filantropia já estava arraigada em Margarida, quando ela decidiu fundar, em parceria com o embaixador do Líbano, a Fraternidade União de Amigas. O objetivo era realizar eventos com renda destinada a ações sociais. Uma amiga em comum a apresentou à embaixatriz Lúcia Flecha de Lima, considerada um ícone da cidade e então presidente da Casa do Candango.
“Aceitei o convite para conhecer o trabalho da embaixatriz e assim fizemos uma fusão. Do grupo que nós tínhamos muitas amigas vieram para a Casa do Candango. Decidi vir porque vi seriedade e transparência”, relembra.
Tradicionalmente, a entidade é mantida e gerenciada por mulheres. A prova disso é que apenas em uma ocasião a presidência foi exercida por um homem, Willian Raimundo Ferreira Egido, que assumiu em setembro de 2018 e passou o bastão para a vice, Margarida Posadas.
Por mais que se dedicasse anteriormente à Casa, agora, na presidência, o empenho tem que ser ainda maior. Mas Margarida não desanima. “São muitos desafios e eu estou à frente de todos eles. Quero trazer qualidade e transformar essa instituição em exemplo para todo o país”, projeta.
Embora a missão seja árdua, ela tem apreciado as recompensas. “Fico mais motivada quando escuto os agradecimentos dos funcionários e dos pais de crianças. Não tenho mais tempo para mim, mas é reconfortante saber que a gente está ajudando. É uma tarefa que eu só dou conta porque tenho meu marido, Ronaldo, e minha filha, Carol, ao meu lado”, resume.
