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Março amarelo: mitos e verdades sobre a endometriose

Com sete milhões de brasileiras sob a condição de saúde, a endometriose é um assunto que precisa ser esclarecido e debatido

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O março amarelo marca o mês de conscientização da endometriose no Brasil. A doença já afeta cerca de sete milhões de brasileiras, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e ainda é alvo de muita desinformação. Artistas como Anitta, Isabella Santoni e Larissa Manoela são algumas das centenas de mulheres afetadas pela condição.

 

A endometriose, segundo o Ministério da Saúde, é uma doença inflamatória provocada por células do tecido que reveste o útero. Em vez de serem expelidas durante a menstruação, movimentam-se e acabam caindo nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a multiplicar-se e a sangrar.

 

Apesar de comprometer o sistema reprodutor feminino, a doença tem tratamento e pode até ser curada via cirurgia. Dos principais sofrimentos que causa, a endometriose gera desconforto pela quantidade de sangue expelido; dor intensa na maior parte das mulheres e, ainda, pode causar infertilidade, caso não haja acompanhamento médico.

 

A ‘Herself’, uma das femtechs pioneiras na criação da primeira calcinha reutilizável para o ciclo menstrual e na co-criação do biquíni menstrual, preparou uma lista de mitos e verdades sobre a doença.

 

A empresa criou a ‘Herself Educacional‘ a fim de  democratizar o conhecimento sobre educação menstrual, “rompendo com as velhas narrativas sobre este assunto”.

 

Confira mitos e verdades sobre a endometriose:

 

1 – Endometriose não tem cura

 

MITO: Apesar da doença comprometer o sistema reprodutor feminino, há medidas que podem controlar os sintomas. O tratamento cirúrgico muitas vezes pode levar à cura definitiva da doença, contudo, cada mulher deve ser avaliada individualmente para receber o tratamento adequado.

 

2 – Toda mulher que tem endometriose é infértil

 

MITO: Da mesma forma que algumas mulheres com endometriose ainda em estágios iniciais podem apresentar infertilidade, nem todas as figuras femininas diagnosticadas com a doença possuem dificuldade para engravidar. Muitos casos não requerem tratamento para conseguir engravidar.

 

3 – A doença pode causar infertilidade

 

VERDADE: A endometriose é a maior causa de infertilidade feminina no mundo. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose (SBE), a patologia é encontrada entre 10% a 15% das mulheres em idade fértil. Muitas dessas mulheres só têm um diagnóstico da doença quando encontram dificuldade para engravidar.

 

4 – A endometriose pode levar à depressão

 

VERDADE: Além do sofrimento físico, a endometriose pode acarretar limitações significativas no dia a dia da mulher, como o afastamento do trabalho e estudo, o que pode levar ao comprometimento de sua saúde mental e diminuição da qualidade de vida.

 

5 – Menopausa cura a endometriose

 

MITO: Devido a diminuição na produção hormonal, a endometriose na menopausa passa a ser controlada naturalmente. Neste caso, é possível observar a diminuição dos sintomas, mas não a cura da doença.

 

6 – O meio ambiente é um fator que pode contribuir com o desenvolvimento da endometriose

 

VERDADE: Diariamente somos expostos a poluentes químicos. Fatores ambientais exercem influência no desenvolvimento da endometriose e são capazes de afetar a interação hormonal, que fazem com que as mulheres se tornem mais suscetíveis a tal enfermidade.

 

7 – O quadro da endometriose pode levar ao câncer

 

MITO: A endometriose leva ao desenvolvimento de um cisto na região do ovário, que não é nenhum tipo de câncer. Apesar do câncer se desenvolver de forma semelhante à endometriose, não há qualquer relação de causalidade entre ambos.

 

8 – Endometriose acomete apenas mulheres adultas

 

MITO: A endometriose acomete mulheres em variadas faixas etárias, desde a juventude até a meia idade. Logo, ser jovem não é garantia de impunidade a doença. Muito pelo contrário, diversas mulheres sentem os sintomas no início da adolescência. O diagnóstico precoce é imprescindível e não deve ser descartado porque a paciente é adolescente.