Sabe aqueles lugares que a gente vai uma vez e quer voltar sempre? São Paulo está cheia deles, espaços onde a música não é só trilha sonora, mas parte da experiência. Abaixo, compartilho cinco dicas que curti recentemente na capital paulista, onde o som, a cozinha e o ambiente criam noites memoráveis. Bora viver a gastronomia paulistana com mais charme?
L40 Cozinha de Latitude: vista panorâmica, bons drinks e DJs no alto do W
No 40º andar do W São Paulo, o L40 Cozinha de Latitude é aquele destino que reúne culinária global com sotaque brasileiro, coquetéis criativos e trilha sonora moderna. O restaurante-bar abre de segunda a sábado a partir das 17h30 e, às sextas e sábados, DJs convidados assumem as pickups a partir das 19h. Foi uma delícia apreciar a vista maravilhosa da cidade ao som de house e ritmos contemporâneos, que cria um toque de balada refinada.
A carta de drinks é generosa e autoral. No quesito gastronomia, o L40 explora sabores dos países por onde passa a latitude 40º – por isso o “Latitude” no nome – interpretando com leveza e criatividade pratos que celebram o mundo e o Brasil . O ambiente, com vista de tirar o fôlego, é perfeito.
E antes de ir embora, não deixe de experimentar a sobremesa This is not an egg: um bolo gelado de coco, com esfera de manga e maracujá. Simplesmente incrível.
OLI & Disco: onde a pizza encontra a boa música
No Itaim, a charmosa Oli Pizzas deu um passo além do que se espera de uma pizzaria. Nas quintas, a casa ganha um clima de pista elegante com o projeto OLI & Disco: DJs convidados se revezam com o residente TRUSTY em sets de Disco, House e Soul, sempre no vinil. Já nas quartas-feiras, há duas sessões de jazz, das 20h30 às 21h15 e das 21h45 às 22h30.
A além de um clima bem gostoso e de uma arquitetura que parece sair de um filme, claro que a cozinha da chef Olivia Maita vale a visita. São mais de vinte sabores de pizzas com ingredientes impecáveis, todas feitas por uma equipe feminina de pizzaiolas. Vale pedir a de burrata com pistache. Os drinks autorais e a carta de vinhos bem escolhida completam essa experiência que é, de fato, sensorial. Dica: vá cedo para pegar mesa: a noite bomba.
Baio: alta cozinha sulista com trilha ao vivo
Ainda no W, dessa vez no 23º andar, tem o Baio Cozinha Sulista, que oferece uma imersão na gastronomia do Sul com uma pegada contemporânea. Às quartas e quintas, o restaurante ganha clima ainda mais especial com música ao vivo no lounge-bar.
O menu, assinado pelo premiado chef Tuca Mezzomo, é um espetáculo à parte. Vai dos embutidos artesanais ao gnocchi de batata-doce roxa, passando por cortes assados no forno Josper e sobremesas que resgatam memórias afetivas. A carta de drinks e vinhos brasileiros valoriza a experiência com originalidade.
Boteco Rainha & Princesa: samba ao vivo com sotaque carioca e cozinha autoral
Se a sua vibe é samba no pé e geladinho na mão, os botecos assinados pelo chef Pedro de Artagão são paradas obrigatórias no Itaim. Às quintas e sextas, o Boteco Rainha entra no ritmo com rodas de samba e pagode ao vivo no projeto Samba do Rainha. O clima é animado, mas sem perder a elegância. Nos dias 3 e 17 de julho, quem assume o microfone é o incrível Rodrigo Lampreia, trazendo ares de Lapa para São Paulo.
No sábado, é a vez do Boteco Princesa seguir com o batuque, das 15h às 20h. Entre um refrão e outro, vale explorar o menu: bolinhos, moelas, torresmo e clássicos repaginados com o toque autoral de Artagão. Não deixe de provar as batidas da casa (a de maracujá é um hit), os petiscos com sotaque carioca e o chopp trincando.
Caju Jazz Nights:coquetelaria refinada e jazz com curadoria especial
No coração da Chácara Santo Antônio, o Bar Caju, dentro do luxuoso JW Marriott Hotel São Paulo, se transformou em um dos pontos mais interessantes para quem ama música ao vivo com elegância. Às sextas, o espaço recebe o projeto Caju Jazz Nights, com curadoria da Jazz Mansion e repertórios que vão de Beatles a Michael Jackson em arranjos jazzísticos.
Enquanto os músicos criam a atmosfera, o bar entrega drinks autorais impecáveis comandados por Eduardo Tavares. Vale experimentar o coquetel da semana ou pedir sugestões harmonizadas. A luz é baixa, o atendimento é atento e o clima é de “clube escondido” dentro de um grande hotel. E o melhor: não precisa ser hóspede para curtir.

Tadeu Brunelli