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‘Mamonas Assassinas’ revê fenômeno ‘very porreta’

Foi por volta de 2016 que o ator Ruy Brissac, já conhecido no teatro por seu trabalho como Dinho no musical sobre o Mamonas Assassinas, foi sondado para protagonizar um filme sobre o grupo. Era a escolha natural, já que havia sido aprovado pela família do vocalista e era elogiado pela peça musical. Mas não rolou: o roteiro, do novelista Carlos Lombardi, foi pulando de dono em dono até chegar à produtora Walkiria Barbosa.

“Esse projeto já esteve nas mãos de várias outras empresas e não conseguiram viabilizar. Me falaram disso, quis ler o roteiro, que é do Lombardi, e adorei”, conta Walkiria, ao Estadão

O resultado desse projeto, que já estava começando a virar lenda urbana, finalmente está vendo a luz do dia. Sob o comando de Edson Spinello, diretor de novelas da Record, Mamonas Assassinas: O Filme estreia na quinta, 28, contando a história do grupo que teve ascensão meteórica e terminou em 2 de março de 1996, com a tragédia que todo mundo conhece.

Segundo Walkiria, a primeira versão do roteiro, sob seus cuidados, passou por vários momentos. Primeiramente, houve o encantamento com o texto de Lombardi. Depois, descobriram que a pesquisa que ele recebeu para escrever a história não estava totalmente acurada. Assim, buscaram mais informações sobre os oito meses de existência dos Mamonas, mergulhando também na vida pessoal deles, e afinaram um novo script.

“Quando a gente entrou no universo dos Mamonas, vimos que era uma coisa maior do que um filme. Era uma obrigação contar essa história. Era necessário”, contextualiza a produtora do longa-metragem. “Temos familiares já bastante idosos, como a mãe do Bento, com quase 90 anos. A gente deve isso a eles. Afinal, os Mamonas ainda são idolatrados.”

 

Universos

O resultado é um filme que tenta mesclar dois universos. De um lado, os palcos. De outro, um vislumbre do que foi a vida desse grupo lidando com o sucesso inesperado de músicas como a irreverente Pelados em Santos – aquela que diz, entre outras pérolas, “Mina, seus cabelo é da hora”, “Mutcho mar do que lindia” e “Music is very porreta” – além de clássicos ousadíssimos, como Vira-Vira e Sabão Crá Cra.

Para dar o tom, Walkiria conta que familiares dos integrantes do Mamonas chegavam a ficar nos bastidores dando dicas de como eles falavam e se comportavam.

Para a escolha de elenco, Ruy já estava certo como Dinho. Robson Lima como Júlio Rasec, Adriano Tunes como Samuel Reoli e Rener Freitas como Sérgio Reoli vieram de audições e do musical. Alberto Hinoto, uma das decisões mais acertadas do filme, interpreta Bento, seu tio.

“A gente não estava preocupado com eles serem conhecidos. Queríamos que fossem bons atores com química”, explica a produtora.

 

Bastidores

Ruy conta ao Estadão que precisou entender essa dinâmica do cinema – afinal, é seu primeiro trabalho fora dos palcos. “No teatro, a interpretação é maior. A última pessoa na última fila precisa te ouvir. No cinema, é menor, mais reduzida, mais real. No musical, a gente ensaiava de forma cronológica. No filme, não tem ordem. É uma loucura”, completa. “Eu me aprofundei mais no filme, no lado humano, fora dos palcos. Os Mamonas no dia a dia, nos bastidores, como eram.”

Agora, mesmo sendo uma produção mais simples e com menos orçamento, Mamonas Assassinas: O Filme tenta embarcar no sucesso de outras cinebiografias, como Nosso Sonho, da dupla Claudinho e Buchecha, e Meu Nome É Gal, além da base de fãs do grupo, que persiste quase 30 anos após a morte dos Mamonas.

“É uma história potente para o momento que o mundo vive, para trazer esperança para o público jovem”, diz Walkiria.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estadão Conteúdo

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