A coletiva Diálogos com Cor e Luz, em cartaz no Museu de Arte Moderna, até setembro em São Paulo, apresenta um recorte da arte abstrata da metade do século 20. Com curadoria de Cauê Alves e Fábio Magalhães, a exposição resgata o protagonismo histórico do MAM em difundir e apoiar a abstração no Brasil e abrange movimentos importantes, como o concretismo, o abstracionismo geométrico e a Op Art.
“É um momento significativo para o museu, quando ele faz 75 anos. Olhamos para a história, e a exposição faz referência, inclusive, à mostra inaugural – Do Figurativismo ao Abstracionismo, de 1949, na qual o crítico francês Léon Degand reuniu só obras abstratas, o primeiro passo para firmar a abstração no circuito”, conta Alves.
São 73 obras espalhadas pelo espaço, que não seguem uma linha cronológica – ou seja, a aproximação das pinturas se dá por afinidades estéticas, como se vê nas paredes onde estão as obras de Cássio Michalany e Paulo Pasta.
Dança
Já os trabalhos ópticos – Charoux, Palatnik, Mavignier – vão para outra direção. Introduzem o leitor em dança por traços e cores vibrantes. “A cor varia de acordo com a luz, estação; ela se transforma a depender do movimento que o espectador faz com a luz”, observa. “A exposição chega para propiciar uma experiência primária com as cores, pois hoje elas acabam recebendo cargas políticas, ideológicas, que não são delas. Cor é o lugar da imaginação, da expansão”, completa Alves.