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Mais de 730 km de estradas rurais do DF foram recuperados em 2024

Desde 2019, já são mais de 7.500 km de vias da área rural que passaram por revitalização
As ações também têm um importante impacto econômico, uma vez que reduzem possíveis perdas no trajeto | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília
As ações também têm um importante impacto econômico, uma vez que reduzem possíveis perdas no trajeto | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

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Entre janeiro e julho deste ano, 734 quilômetros de estradas rurais foram recuperados pelo Governo do Distrito Federal (GDF), totalizando mais de 7.500 quilômetros desde 2019. A recuperação é feita por meio da aplicação de cascalho e resíduos da construção civil (RCC).

Os números abrangem as vias que dão acesso às propriedades privadas e o programa Porteira para Dentro, que busca auxiliar os produtores rurais do DF em serviços que melhoram as condições de produção e qualidade de vida, tais como trafegabilidade dentro das propriedades e infraestrutura. 

“O mais importante é dar dignidade à população rural; é levar ao povo do campo o que nós levamos à população da área urbana. Essa é uma das grandes preocupações do governo Ibaneis Rocha. Um dos objetivos é estruturar o campo para que o cidadão que mora na área rural não precise ir para a cidade; que ele possa ter uma vida de qualidade com os equipamentos públicos perto dele e com condição de sobrevivência da autossustentação tirada da terra”, ressalta o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo.

As ações também têm um importante impacto econômico, uma vez que facilitam o escoamento de importantes culturas do DF e reduzem possíveis perdas no trajeto ou até mesmo no plantio. É o caso do produtor rural Roziron Louzeira, que cultiva bromélias no Núcleo Rural Boa Esperança, em Ceilândia, e foi um dos beneficiados por esse trabalho do GDF. No mês passado, a estrada que dá acesso à sua propriedade foi uma das recuperadas pelas equipes do governo.

“A gente faz o cultivo de bromélias há oito anos, mas a produção estava inviável por conta da poeira que danificava as plantas e ficava sem condições de venda. A gente só tem a agradecer ao GDF por essa solução para seguirmos com o cultivo”, afirma.

A recuperação é feita por meio da aplicação de cascalho e resíduos da construção civil | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

A recuperação é feita por meio da aplicação de cascalho e resíduos da construção civil | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), a capital conta com 19.500 propriedades rurais em 21 regiões administrativas, divididas em quatro polos para melhor atender as demandas de toda a população do campo do DF, aproximando as equipes de governo às comunidades rurais, descentralizando os serviços. Além disso, os serviços beneficiam alunos de áreas rurais que dependem do transporte escolar para estudar.

Os polos beneficiam as cidades de Ceilândia, Sol Nascente, Brazlândia, Taguatinga, Vicente Pires, Riacho Fundo, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Samambaia, Gama, Park Way, Santa Maria, Planaltina, Fercal, Sobradinho, Sobradinho II, Jardim Botânico, Paranoá, Lago Norte, Itapoã e São Sebastião.

Em cada polo, as equipes contam com equipamentos cedidos pela Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri) para atender as demandas com mais agilidade — uma motoniveladora, um rolo compactador, uma retroescavadeira e um caminhão-pipa.

“Depois que nós fizemos essa divisão, houve uma evolução muito grande na quantidade de serviços que foram executados. Um dos problemas que nós tínhamos era esse deslocamento de equipamentos. Então, ter núcleos descentralizados ajuda no ganho de tempo e na eficiência do trabalho”, explica o secretário de Governo.

O coordenador do Polo Rural, Luciano Mendes, reforça que o trabalho do GDF contribui com o aumento da qualidade de vida da comunidade rural. “Cada vez mais a gente tem visto o aumento da ocupação rural, tendo mais escolas e a produção agrícola aumentando. É preciso ter estradas de boa qualidade para suportar esse trânsito de pessoas e mercadoria”, diz.