Pesquisa Genial/Quaest, divulgada pela neste domingo (6), mostra que a maioria dos brasileiros é contra a soltura dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A divulgação do resultado coincide com o ato organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados a favor do projeto de anistia na Avenida Paulista.
Segundo levantamento, 56% dos entrevistados disseram preferir que os envolvidos continuem presos, contra 34% que defendem sua soltura. Esse contingente favorável à anistia é composto por 18% que dizem que os acusados do 8 de Janeiro mereciam ser soltos porque nem presos deveriam estar e outros 16% que consideram que eles já passaram tempo demais detidos.
De acordo com Felipe Nunes, da Quaest, no grupo de entrevistados formado por eleitores do Lula, 77% são contra a anistia. Já entre os eleitores de Bolsonaro 61% defendem a soltura dos acusados de envolvimento nos atos que resultaram em invasão e depredação do Congresso, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto. Há, no entanto, segundo a pesquisa, um contingente de 32% de eleitores do ex-presidente que são contra a anistia.
Envolvimento do ex-presidente
Quase metade dos brasileiros enxerga participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos planos da tentativa de golpe contra o governo Lula em 2022. Segundo pesquisa da Genial/Quaest, 49% veem envolvimento, e 35% não. Outros 15% não souberam ou não quiseram responder. Em relação ao levantamento feito em dezembro de 2025, houve alta de um ponto percentual em ambas as respostas. À época,48% acreditavam que Bolsonaro teve participação nos planos, enquanto 34% apontavam que não.
Mais da metade dos entrevistados (52%) considera justa a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar Bolsonaro réu. Já 36% acha a decisão injusta, enquanto 12% não sabem ou não responderam. A Genial/Quaest perguntou também a opinião sobre uma possível prisão de Bolsonaro. São 46% os que acham que o ex-presidente será preso – 43% acreditam que não. Para o levantamento, a Quaest ouviu 2.004 pessoas entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.