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Maiores acionistas das Lojas Americanas aumentam capitalização na rede

Trio investirá R$ 10 bilhões para recuperar a rede varejista e encerrar crise, que envolve outros atores do cenário econômico

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Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, acionistas de referência das Lojas Americanas, decidiram aumentar o valor da capitalização que planejam fazer na rede, para R$ 10 bilhões, incluído o DIP – financiamento especial para a varejista. A ação visa acelerar o processo de recuperação e confirmar as ações em favor da empresa pelos principais sócios. 

 

No bojo da crise na tradicional varejista, é pouco divulgada a falha das empresas de auditoria. Quase nunca responsabilizadas pelos seus trabalhos, estas empresas formam um oligopólio, já que oferecem os mesmos serviços com as mesmas ressalvas, e com um caráter de inevitabilidade, pois a legislação em vigor exige que empresas de capital aberto sejam auditadas. 

 

Para piorar, o mercado costuma classificar como “de risco” as auditorias que não venham das maiores empresas do ramo, as chamadas “Big Four”, mesmo com sucessivos erros, com pareceres positivos dos auditores dados a empresas com sérios problemas.

 

Em igual nível de responsabilidade, e igualmente quase esquecidas, estão as empresas de rating, outro oligopólio que só existe por exigência do mercado. Estas agências também têm histórico insatisfatório em relação às notas que costumam dar em suas classificações, a exemplo do que ocorre nas auditorias.

 

Maiores afetados 

 

Além dos pequenos acionistas, quem perdeu com a crise das Lojas Americanas foi o trio Sicupira, Lemann e Telles, muitas vezes rotulados como responsáveis pelo problema. Porém, como acionistas mais relevantes da empresa, foram eles quem mais perderam dinheiro com a crise. Afinal, qual seria o ganho após a desvalorização das ações? A posição dos investimentos de cada um nas Americanas tem inegável peso no patrimônio individual, construído com investimentos, alguns de alto risco econômico-financeiro. 

 

O dano financeiro, no entanto, é menor que o dano na imagem. Fortes geradores de empregos, os três formaram profissionais de primeira linha em todo o planeta e são criadores e patrocinadores de projetos como a Fundação Estudar e trouxeram para o Brasil a Endeavor, ONG internacional de incentivo ao empreendedorismo.

 

Individualmente, Jorge Paulo Lemann faz um trabalho junto a comunidades populares, via Gerando Falcões, ONG de desenvolvimento social que atua em de todo o País. Ele também apoia o Instituto Proa, de qualificação técnico-operacional, e o Instituto Protea, de prevenção do Câncer de Mama em mulheres de baixa renda. Já a Fundação Lemann apoia a Associação Bem Comum, de Sobral (CE), a mais bem sucedida iniciativa educacional do Brasil, e a iniciativa Plantar Educação, desenvolvida na Amazônia pelo Instituto Gesto