Entre as campanhas que fazem parte do mês de maio está a de conscientização sobre o câncer cerebral, também conhecido como tumor cerebral, que podem ser primários, originários do próprio cérebro, ou secundários, com metástases em outros órgãos.
Ouvir a palavra câncer sempre gera uma grande sensibilidade em todos, mas esse estigma social impacta ainda mais os pacientes quando recebem o diagnóstico. Entre as questões que geram mais dúvidas está a cura.
A porcentagem de chance de remissão varia dependendo do tipo do tumor, do estágio e do tipo de tratamento. Em casos de pacientes com menos de quarenta anos, em geral, a taxa de sobrevida é cerca de 70%.
Segundo o oncologista Ramon Andrade de Mello, em qualquer um que seja o caso, é necessário ter um acompanhamento com profissionais especializados, para avaliar e decidir quais métodos de tratamento são mais adequados.
“Claro que existem variações, sendo necessário realizar exames detalhados para acessar resultados precisos, descobrir se o tumor é benigno ou maligno e, só então, entender a gravidade de cada caso”, afirma o oncologista.
Além do físico, o psicológico é extremamente afetado em pacientes com a doença, afinal, descobrir um câncer nunca é fácil. “Para tornar esse tratamento mais seguro, é sempre recomendado o acompanhamento psicológico. Mesmo nos casos onde já foi realizada a extração do tumor principal, algumas pessoas ainda são ‘assombradas’ pelo medo da reincidência cancerígena”, explica o médico.
Para traçar o melhor tratamento para cada um, é necessário fazer uma análise precisa dos casos individuais e entender a gravidade e estágio de cada pessoa.
Além da cirurgia, que pode ser a principal opção para chegar à cura, a radioterapia e a quimioterapia também são alternativas, sendo que esta pode ser combinada com cirurgia. Outra possibilidade é a terapia direcionada, que se trata do uso de medicamentos que se ligam a características específicas das células cancerígenas.
Por fim, a imunoterapia, encarregada de utilizar o próprio sistema imunológico do corpo para combater o câncer, e radiocirurgia, uma forma mais específica de radioterapia, podem ser a melhor escolha para o tratamento.
Quanto às recidivas, o médico alerta: “os exames de rotina exercem um papel fundamental no controle de novos casos, se tornando indispensáveis para os pacientes por toda a vida. Quanto antes é descoberto um novo foco da doença, maiores são as chances de longevidade e alternativas de tratamentos”, finaliza.