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Mãe do Dudu e empresária: Clara Saboor fala sobre trabalho e maternidade

A brasiliense engravidou aos 34 anos, apesar do diagnóstico de baixa reserva ovariana. "Trabalhei até poucos dias antes do Eduardo nascer", conta

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O sonho de ser mãe sempre fez parte da vida de Clara Saboor, mas, o desejo de ser empresária surgiu depois do nascimento de Eduardo, agora com 5 anos. Aos 34, a brasiliense foi diagnosticada com baixa reserva ovariana, mas isso não a desanimou. De forma natural, após um ano, ela engravidou de seu primeiro filho. 

 

“A gestação não foi programada. Mas, após o meu diagnóstico, decidimos apressar os passos”, conta em bate-papo com o GPS. “Depois de seis meses do laudo, eu estava grávida sem nenhum estímulo ou intercorrência médica”. 

  

A gravidez foi super tranquila e energética, de acordo com as palavras de Clara, que trabalhou até poucos dias antes do parto. Na época, ela gerenciava um time com 12 executivos em uma multinacional financeira. Por cobranças da empresa, retornou à labuta depois de quarenta dias do nascimento de Dudu. “Acabei cedendo a pressão e voltei. O preço foi caro, mas na época foi importante. Hoje, faria diferente”, comenta.

 

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Já o sonho de ser empresária veio de um propósito forte que nasceu em Clara depois da chegada de seu filho: ajudar outras mulheres em sua reconexão pós-maternidade. Era sobre o resgate de si mesma e de sua autoestima e, consequentemente, uma melhora na performance em todas as áreas da vida.

 

“A maioria das mulheres perde sua identidade após a maternidade, principalmente devido a tantas mudanças, e esquecem de si, deixando de ser prioridade e, então, perdem a sua autoestima”, reflete. 

 

Sendo assim, depois de intensos estudos e uma temporada em São Paulo, onde realizou algumas reuniões com grandes players do mercado até desenhar meu próprio modelo de negócio, entrou como sócia em uma clínica de estética. 

 

Pode até parecer impossível para muitos, mas conciliar a vida de empreendedora e a maternidade é possível — mas ninguém disse que não é um desafio. Essa missão, muitas vezes, é acompanhada do sentimento de culpa para ambos os lados. 

 

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“Não gosto de romantizar esse “jogo de equilíbrio dos pratinhos”, sabe? A sociedade e o mundo dos negócios é competitivo e você precisa decidir qual preço irá pagar. E, sem piegas: é difícil e cansativo sim. Por isso, é importante ter seus objetivos e propósitos claros. No meu caso, eu não quero que meu filho seja a desculpa para os meus insucessos. Quero que ele tenha em mim exemplo de referência e orgulho”, afirma Clara. 

 

Quando questionada sobre os desafios diários da dupla jornada, a empresária conta que é preciso ponderar o tempo inteiro. “Uma boa rede de apoio é fundamental para mim. E, neste momento, eu também não posso deixar de agradecer minha mãe, Ariene Saabor”, comenta.

 

A rotina de mulher, mãe, divorciada e empresária é extremamente cronometrada. “As pessoas ainda não entendem porque eu planilho tudo”. Para dar conta de todos os compromissos e papéis, é necessário ter uma agenda organizada em prioridades.

 

“Com a guarda compartilhada, durante os dias que estou sem Dudu, foco totalmente nos negócios. E, quando estou com ele, me divido entre o corre pra lá e cá para dar conta de tudo que ambos os papéis me exigem”, conclui. 

 

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