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Lula volta a condenar atentado contra Donald Trump

Presidente afirmou ser "defensor da democracia" e que, por isso, condena o ataque ao republicano
Declarações de Lula foram dadas pouco antes do encontro com o presidente da Itália, Sergio Mattarella
Declarações de Lula foram dadas pouco antes do encontro com o presidente da Itália, Sergio Mattarella. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se manifestar em relação ao atentado contra Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato do Partido Republicano à eleição deste ano. Em declaração a jornalistas no Palácio do Itamaraty, nesta segunda-feira (15), Lula afirmou ser “defensor da democracia” e que condena o atentado. A declaração de Lula ocorreu pouco antes de receber o presidente da Itália, Sergio Matarella, em um almoço com autoridades no Itamaraty.

“A gente não pode ter dúvida de condenar qualquer manifestação antidemocrática, seja pela direita, seja pela esquerda. Ninguém tem o direito de atirar numa pessoa porque não concorda com ela”, destacou.

Questionado se o atentado fortalece a extrema-direita, Lula disse que o ocorrido empobrece a democracia. “Não sei se vai fortalecer alguém. Isso empobrece a democracia”, disse. “Ao invés de a gente ficar analisando se alguém ganha com isso, o que nós temos que ter certeza é que a democracia perde“, completou.

“Os valores do diálogo, os valores do argumento, os valores de sentar em uma mesa da forma mais diplomática para encontrar soluções para os problemas vão pelo ralo. Se tudo vai se encontrar na base da bordoada, na base da violência, na base do murro, na base do tiro, na base da faca, para onde é que vai a democracia? E como eu sou um defensor da democracia, eu acho que nós temos que condenar”, afirmou.

O presidente brasileiro já havia dito na rede social X, no sábado (13), que “o atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado”. A postagem foi ao ar no mesmo dia em que Trump saiu ferido na orelha após um tiro em um comício na Pensilvânia. O candidato republicado foi retirado às pressas do evento.

Lira fala em preocupação
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (15), que cenas como a do atentado contra o ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos “preocupam” e citou a facada no ex-presidente Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018 como exemplo de violência política no Brasil.

“A polarização vem acontecendo na Europa, ela é muito forte nos EUA e existe aqui. É um problema que não é nacional, é mundial. Quando nós vivenciamos uma cena como aquela nos EUA, lógico que todos nós nos preocupamos”, disse Lira, em entrevista à CNN Brasil.

Lira disse que a violência não é a maneira de se resolver os problemas e afirmou que todos têm a obrigação de repudiar atos como a tentativa de assassinato de Trump. “Todos assistimos estarrecidos ao que aconteceu. E aqui no Brasil tivemos outros exemplo, ainda também citando o caso do que aconteceu com o presidente Bolsonaro na primeira eleição dele, que repercutiu grandemente e tem suas consequências”, frisou o presidente da Câmara.

O deputado declarou que a postura interna da Casa sempre foi de tentar a conciliação e citou o bloco de 20 partidos que apoiou sua reeleição. “Nesse bloco está PT e está PL. Partidos de centro, de direita e de esquerda. Sempre trabalhamos no aspecto de diminuir polarizações na Casa e no Brasil”, disse.