Henrique Neri O presidente Lula reuniu ministros nesta sexta-feira (16) para discutir a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o escândalo de descontos no INSS. A base do governo também apoia uma comissão.
O governo oferece resistência à criação da CPMI, que pode criar uma nova frente já criada pelo próprio encândalo, mas congressistas avaliam a instauração como inevitável.
Os ministros que participaram do encontro no Palácio da Alvorada foram os ministros Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
O pedido de criação foi apresentado durante a semana pela oposição, contando com assinatura de 222 deputados e 36 senadores. A abertura depende do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-SP). Segundo o STF, a abertura de CPMI é obrigatória se o requerimento obter um terço dos membros de cada casa.
O colegiado será formado por 15 deputados e 15 senadores, com o mesmo número de suplentes.
Para a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, a abertura de uma CPMI pode atrapalhar as investigações e o ressarcimento das vítimas. “Uma CPMI, no ambiente de exploração política em que está sendo proposta, pode comprometer o sucesso da investigação policial, que deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações”, escreveu a ministra em suas redes sociais. “Também pode atrasar o ressarcimento das vítimas, já que sua duração está prevista para seis meses, impactando nas medidas já em curso”, acrescentou.
