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Lula reage a “tarifaço” de Trump e diz que Brasil está seguro com reservas de US$ 350 bilhões

Durante evento em SP, presidente improvisa discurso, exalta classe trabalhadora e alfineta previsões econômicas pessimistas

Em discurso nesta segunda-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil está preparado para enfrentar as pressões comerciais internacionais, inclusive o tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Segundo o petista, as reservas internacionais acumuladas são um sinal de estabilidade econômica: “Mesmo o presidente Trump falando o que ele quiser falar, o Brasil está seguro, porque nós temos um colchão de US$ 350 bilhões”, declarou Lula, durante visita ao Centro de Distribuição do Mercado Livre, em Cajamar (SP).

Os dados mais recentes do Banco Central apontam que o valor correto das reservas brasileiras é de US$ 336 bilhões. Ainda assim, Lula destacou que o montante oferece ao país “tranquilidade” para lidar com eventuais crises externas.

No mesmo dia, em entrevista coletiva na Casa Branca, Donald Trump reforçou que não recuará diante das críticas internacionais ao seu pacote de tarifas. Apesar da firmeza, o presidente norte-americano não descartou negociações com países afetados: “Vamos conseguir acordos justos e bons com todos os países. Se não conseguirmos, não teremos nada a ver com eles”, disse.

No evento em São Paulo, Lula improvisou uma fala com forte apelo popular, sem seguir o discurso previamente preparado. Em tom que relembra os tempos de líder sindical, o presidente defendeu um país de classe média forte, com trabalhadores tendo acesso à dignidade no consumo.

Ninguém merece viver só da xepa da feira ou carne de segunda. Todo mundo vai ter um pouquinho. Quando isso acontece, a economia gira e todos ganham”, disse.

A plateia, composta em grande parte por funcionários do centro logístico, ouviu ainda uma frase que resgata uma das máximas do presidente: “Quem produz a riqueza desse país são vocês.”

Antes do presidente, os ministros Márcio França (PSB), Fernando Haddad (PT) e Luiz Marinho (PT) também discursaram. França destacou o papel do Mercado Livre no apoio às 19 milhões de pequenas empresas brasileiras.

Haddad explicou o impacto do projeto que isenta o imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, enquanto Marinho atacou as previsões negativas sobre o crescimento do país feitas por “especialistas que erram tudo” e que, segundo ele, “torcem contra o Brasil”.

A presença de Lula em São Paulo integra uma estratégia para reforçar sua imagem junto ao eleitorado. A agenda intensa de abril inclui visitas a diferentes regiões do Brasil. Só nesta segunda-feira, além de Cajamar, o presidente passou por Montes Claros (MG), onde visitou uma fábrica da farmacêutica Novo Nordisk, produtora do remédio Ozempic.

Na semana anterior, Lula esteve em uma aldeia indígena no Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso. A previsão é que nos próximos dias ele vá ao Rio de Janeiro e também participe, em Honduras, da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), marcada para a próxima quarta-feira (9).

 

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