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Lula quer dialogar com o Congresso para manter auxílio de R$ 600

Orçamento de 2023 prevê redução do benefício para R$ 405 a partir de 1º de janeiro

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O candidato do PT à Presidência, **Luiz Inácio Lula da Silva**, disse nesta terça-feira (25) que, caso eleito, vai abrir diálogo com o Congresso Nacional ainda este ano, para **garantir a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600** a partir de janeiro de 2023. O Projeto de Lei Orçamentária Anual prevê o benefício com valor de R$ 405 a partir do ano que vem.

“_Se nós ganharmos as eleições, vamos ter de começar a conversar com o Congresso já, para que a gente possa colocar o dinheiro necessário para cumprir aquilo que está previsto. Você não pode mudar repentinamente, você não pode deixar as pessoas órfãs de pai e mãe no começo de ano_”, disse em entrevista à **Rádio Nova Brasil FM**.

O candidato, no entanto, voltou a defender que o programa seja restabelecido nos moldes do extinto Bolsa Família, com **condicionantes para que as pessoas recebam o dinheiro**. “_O Bolsa Família tem condicionalidade. Ou seja, as pessoas para receberem o Bolsa Família tem a obrigatoriedade de manter os filhos na escola, de dar vacina nas crianças. Se for uma mulher que seja gestante, tem obrigação de fazer todos os exames_”, ressaltou.

Além do benefício, o candidato disse que pretende, se assumir o governo, fazer mudanças no orçamento para aumentar os **recursos destinados à educação**. “_A gente tem que fazer um esforço muito grande, inclusive remanejamento de verba dentro do orçamento, para que a gente não deixe a educação de fora_”, enfatizou.

Para ele, a área deve ser tratada como **investimento prioritário** para o Brasil. “_Para que esse país se transforme em um país altamente competitivo, exportador de inteligência, para que a gente possa ter a segurança de que vamos competir em produtividade e qualidade com qualquer país do mundo_”, acrescentou.

Lula também disse ser contra o teto de gastos, emenda à Constituição aprovada em 2016 que estabelece **limite para as despesas do governo federal**. “_Sou contra o teto de gastos, porque quando você fez o teto de gastos você estava pressionado pelo sistema financeiro, que queria receber aquilo que o Estado lhe devia_”, disse.

Na opinião do candidato, é preciso haver **flexibilidade** no controle dos gastos para permitir investimentos que tragam retorno ao país. “_A responsabilidade fiscal está dentro da concepção de governo que tenho. A gente não pode gastar mais do que arrecada. Mas a gente pode contrair uma dívida se for construir um ativo novo, alguma coisa que signifique aumentar a produtividade do país, o escoamento de produção, a qualidade daquilo que produzimos_”, defendeu.