O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou oficialmente o programa “Gás do Povo” nesta quinta-feira (4), em Belo Horizonte (MG). A iniciativa tem como objetivo garantir o acesso gratuito ao botijão de gás para cerca de 15,5 milhões de famílias brasileiras, alcançando potencialmente 50 milhões de pessoas. Com orçamento previsto de R$ 5,1 bilhões, o programa oferece um auxílio gás integral para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda per capita de até meio salário mínimo, especialmente aquelas que recebem o Bolsa Família.
O “Gás do Povo” se junta a outras iniciativas sociais do governo federal, como o “Luz para Todos” e o “Luz do Povo”. A proposta prevê a distribuição de até 58 milhões de botijões por ano, com a retirada sendo feita diretamente em revendas credenciadas, por meio de um vale-gás digital ou físico.
O processo será simplificado, sem burocracia, e os beneficiários poderão ter acesso ao benefício utilizando canais como aplicativos, QR Codes ou cartões específicos. O valor do benefício será ajustado periodicamente e definido por estado, levando em consideração dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo) para garantir equidade regional.
Serão 58 mil pontos de retirada em todo o país, e todas as unidades da federação serão atendidas, com destaque para São Paulo e Bahia, que terão, juntas, mais de 3,7 milhões de famílias beneficiadas. O “Gás do Povo” busca também reduzir o uso de alternativas perigosas, como lenha e álcool, diminuindo riscos de acidentes domésticos e promovendo inclusão social e segurança alimentar.
Os revendedores participarão de forma voluntária, mediante credenciamento junto à Caixa Econômica Federal, e serão ressarcidos com base no preço de referência estadual. O programa exige identidade visual padronizada para os pontos de retirada e uso de sistemas compatíveis com os vales digitais. Caso não haja revenda credenciada no município do beneficiário, este poderá se deslocar ao local mais próximo com ponto de retirada.
A entrega dos primeiros botijões está prevista para novembro de 2025, e a transição total para o novo modelo deve ocorrer até março de 2026. A distribuição será escalonada: famílias com dois membros receberão até 3 botijões por ano, enquanto lares com quatro ou mais integrantes terão direito a até 6 botijões anuais.