Uma nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (5), mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece tecnicamente empatado com diversos nomes da direita em simulações de segundo turno para as eleições presidenciais de 2026. O levantamento indica que Lula empata com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD).
Os empates ocorrem dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Já em disputas contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), o atual presidente venceria fora da margem de erro.
A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 29 de maio e 1º de junho. O índice de confiança do levantamento é de 95%.
Queda nas intenções de voto de Lula
Em comparação com o levantamento anterior, feito em março, Lula perdeu três pontos percentuais, caindo de 44% para 41%. Jair Bolsonaro, que segue inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), oscilou positivamente de 40% para 41%.
Apesar da inelegibilidade, Bolsonaro segue sendo testado nos cenários, pois lidera a direita e tem forte influência sobre o eleitorado conservador. Ele também é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de envolvimento em tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições de 2022.
O número de eleitores indecisos subiu de 3% para 5%, enquanto o percentual dos que pretendem votar em branco, nulo ou que não querem votar permaneceu em 13%.
Mudança no tabuleiro da direita
A principal diferença em relação ao cenário de março está no desempenho de outros nomes da direita. Antes, Lula aparecia tecnicamente empatado apenas com Jair Bolsonaro. Agora, a disputa se mostra mais acirrada contra outros possíveis candidatos do campo conservador, refletindo uma reorganização no tabuleiro eleitoral e o fortalecimento de nomes como Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro.
Com pouco mais de um ano para o início oficial das campanhas, o cenário segue indefinido e sujeito a reviravoltas, especialmente em razão da inelegibilidade de Jair Bolsonaro e da movimentação de novas lideranças na oposição.