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Lula diz esperar não haver excessos e pede rigor da lei na Operação da PF

Pelo X, presidente comenta Operação Tempus Veritatis, que investiga o 8 de janeiro de 2023
Pelo X, presidente Lula disse esperar que não ocorra excessos e que seja aplicado o rigor da lei.
Pelo X, presidente Lula disse esperar que não ocorra excessos e que seja aplicado o rigor da lei. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, pela Polícia Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira (8), esperar que o rigor da lei seja aplicado contra aqueles que atacaram a democracia, ao financiar os acampamentos que culminaram na tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023. Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, são investigados diversos militares que integraram o governo, como os generais Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Walter Souza Braga Netto, o ex-ministro da Casa Civil; Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa.

A declaração, publicada no X (ex-Twitter, foi um recorte de trecho da entrevista concedida por Lula à Rádio Itatiaia. “Obviamente que tem muita gente envolvida. Acho que tem muita gente que vai ser investigada, porque o dado concreto é que houve uma tentativa de golpe, houve uma política de desrespeito à democracia”, continuou o presidente, defendendo a investigação de quem financiava os acampamentos.

“Eleição democrática a gente perde e a gente ganha. Quando a gente perde, a gente lamenta, quando a gente ganha, a gente toma posse e governa o País. O cidadão que estava no governo não estava preparado para ganhar, não estava preparado para perder e não estava preparado para sair”, criticou, dizendo que Bolsonaro “deve ter participado da construção dessa tentativa de golpe”.

“Não teria acontecido sem ele. O que eu quero é que o seu Bolsonaro tenha a presunção de inocência que eu não tive”, concluiu o presidente.

Os comentários de Lula se referia à operação da Polícia Federal, que cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados, a proibição de se ausentar do País, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.

Operação Tempus Veritatis, pela Polícia Federal, investiga tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023
Operação Tempus Veritatis, pela Polícia Federal, investiga tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. Foto: Divulgação/Polícia Federal

Os mandados de prisão cumpridos pela Polícia Federal são para Felipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; os coronéis Bernardo Romão Correa Neto e Marcelo Costa Câmara; e o major Rafael Martins de Oliveira. Outros alvos da operação são, além dos generais Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o major da reserva Ângelo Martins Denicoli; o coronel reformado do Exército Aílton Gonçalves Moraes Barros; o coronel Guilherme Marques Almeida; o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima; o tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros; o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha; o general Mário Fernandes; o general Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército; o general de Brigada reformado Laércio Vergílio; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto; e Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho.

As medidas judiciais foram expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, que também mandou apreender o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. A operação da Polícia Federal foi deflagrada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ter fechado acordo de colaboração premiada com investigadores. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e já recebeu a homologação do STF.

Também pelo X, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten se manifestou. 

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