O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (26), ter determinado o traslado para o Brasil do corpo da jovem Juliana Marins, encontrada morta após cair em um vulcão na Indonésia. A fala do mandatário da República contradiz recente posicionamento do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE).
Em sua rede social, Lula disse ter entrado em contato com o pai da jovem, Manoel Marins, a fim de “prestar solidariedade neste momento de tanta dor”.
“Conversei hoje por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, para prestar a minha solidariedade neste momento de tanta dor. Informei a ele que já determinei ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o apoio à família, o que inclui o translado do corpo até o Brasil”, disse, no X.
Nessa quarta-feira (25), o MRE defendeu que o governo não teria como custear o traslado do corpo pois, segundo o Itamaraty, “o traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017”.
Reações negativas
O posicionamento da pasta provocou reações negativas, especialmente entre familiares da jovem e usuários nas redes sociais. Parlamentares também se manifestaram contrariamente à manifestação.
Em resposta à manifestação, a Prefeitura de Niterói afirmou que arcaria com os custos do traslado da brasileira. A informação foi confirmada pelo prefeito Rodrigo Neves (PDT), que se solidarizou com a família da jovem nas redes sociais nesta quarta-feira (25).
“Conversei com Mariana, irmã de Juliana, e assumimos o compromisso da Prefeitura de Niterói com o translado de Juliana da Indonésia para nossa cidade, onde será velada e sepultada”, escreveu o prefeito. Ele também destacou o carinho da jovem por sua cidade natal e prestou condolências: “Que Deus conforte o coração da família linda de Juliana e todos seus amigos e amigas”.