O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a apresentação de um balanço da segurança pública em 2023, em cerimônia no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (31) que o crime organizado é difícil de combater porque “virou uma grande indústria multinacional“. De acordo com o presidente, o crime “está na imprensa, está na política, está no futebol, está nos empresários, está em todos os lugares do planeta“.
Lula ainda disse que aposta na formação de “um novo ser humano” baseado na educação e criticou o “político popular” que grita “bandido bom é bandido morto“.
“A gente quer humanizar o combate ao pequeno crime e jogar pesado contra a indústria internacional do crime organizado. Essa tem avião, navio, iate, tem poder em muitas decisões em muitas instâncias“, disse.
Lula deu as declarações ao lado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino – que apresentou na manhã desta quarta um balanço dos resultados da sua gestão na pasta.
Lei de Execução Penal
Um pouco antes, o ministro Flávio Dino disse que a Lei de Execução Penal, que já tem 40 anos, “demanda alguma revisão“. Ele afirmou que, se der tempo, apresentará um projeto de lei sobre o assunto no Senado.
“Com certeza o ministro Lewandowksi e sua equipe vão tratar do assunto“, disse Dino, justificando que sua gestão não teve tempo de fazê-lo porque ele esperava passar quatro anos no governo.
“As medidas cautelares e alternativas penais não significam leniência, fraqueza, significam eficiência“, declarou Dino. De acordo com o ministro, um preso custa R$ 4 mil por mês, enquanto uma pessoa que cumpre alternativas penais, como prisão domiciliar, custa R$ 400, ou 10 vezes menos.
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