O livro “Embriagados: como bebemos, dançamos e tropeçamos em nosso caminho para a civilização”, do filósofo americano Edward Slingerland, chega ao Brasil trazendo uma profunda investigação científica sobre o consumo de bebidas alcoólicas ao longo da história da humanidade.
Com base em evidências arqueológicas e históricas, a obra destaca o papel central do álcool em rituais sociais, religiosos e na formação de agrupamentos humanos.
O livro será lançado na Sebinho Livraria, Cafeteria e Bistrô, em Brasília, no dia 30 de agosto, das 18h às 21h30, e tem o apoio do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), da Associação Brasileira da Cerveja Artesanal e da Federação Brasileira das Cervejarias Artesanais (Febracerva).
O evento contará com a presença do autor por meio de um vídeo, bem como do professor Glauco Caon, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), conhecido por suas pesquisas sobre o efeito do consumo moderado de álcool em doenças crônicas inflamatórias, e do professor Iberê Moreno, da Universidade Anhembi Morumbi.
O professor Slingerland, da Universidade de British Columbia, no Canadá, e doutor em Estudos de Religião pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, ressalta a importância de discutir o consumo de bebidas alcoólicas sem preconceitos, promovendo uma compreensão informada e consciente dos perigos e benefícios. Ele enfatiza que o álcool não é apenas uma substância psicoativa, mas também um elemento sociocultural que une comunidades e facilita a troca de informações.
“O consumo moderado e social une as pessoas, mantém-nas conectadas às suas comunidades e lubrifica a troca de informações e a construção de redes de contato”, diz um trecho do livro. “É importante reconhecer que o álcool não é apenas um produto químico psicoativo, mas também serve como portador de significado sociocultural”, afirma o autor, em outra parte da obra.
Com lançamento bem-sucedido em vários idiomas e amplamente aceito no exterior, o livro “Embriagados” desafia as tradicionais noções sobre o surgimento de leis, autoridade do Estado e religião como os principais impulsionadores da civilização. O autor argumenta que as bebidas alcoólicas também desempenharam um papel crucial na evolução dos agrupamentos humanos, proporcionando uma lente inovadora para entender a trajetória da humanidade em direção à civilização.
