Em uma decisão tomada durante uma reunião de líderes na noite de terça-feira (1º/8), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que a votação do aguardado arcabouço fiscal será adiada para o final de agosto. As informações são do Correio Braziliense.
A medida amplia a expectativa em torno das definições em relação ao Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), que permanece sujeito a potenciais cortes bilionários se for incorporado aos limites de gastos.
A postergação da votação é justificada, segundo líderes presentes na reunião, pela intenção de Arthur Lira de aguardar o desenrolar da reforma ministerial em curso. Além disso, o presidente da Câmara demonstra interesse em viabilizar maior espaço político para seu partido, o PP, e para o partido Republicanos, na Esplanada.
O Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) está no centro da discussão, já que sua inclusão nos limites de gastos acarretaria em possíveis reduções substanciais. Esse cenário tem mantido a bancada do Distrito Federal, no Congresso, focada na preservação dos recursos do fundo, e o governador Ibaneis (MDB), assim como a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), têm se destacado pela defesa veemente durante as reuniões de líderes.
As legendas do Centrão, que incluem o PP e o Republicanos, têm desempenhado papel relevante ao apoiar o governo do presidente Lula (PT), contribuindo para a aprovação das principais pautas na Câmara dos Deputados. Como resultado dessa parceria, esses partidos têm buscado negociar um aumento de influência na Esplanada dos Ministérios.
Após a reunião, Arthur Lira não prestou declarações à imprensa. Por outro lado, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, encontrou-se com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante o horário do almoço, na terça-feira. Padilha destacou que a articulação política do governo vem mostrando melhorias, citando um comentário recente de Arthur Lira no programa “Roda Viva”.
“O governo conquistou aprovações significativas na Câmara e saiu vitorioso em suas estratégias políticas. Agora, adentramos o segundo semestre, equivalente a um segundo turno, onde é crucial fortalecer ainda mais nossa equipe. Assim como em um campeonato, a equipe que liderou o primeiro turno não pode relaxar, mas deve continuar se aprimorando para se manter à frente no segundo turno“, declarou o ministro Padilha.
