O grupo Lide Mulher promoveu uma reunião comemorativa ao mês da mulher no hotel Brasília Palace. Estiveram presentes e empresárias e mulheres do mundo político, que debateram como estimular o empreendedorismo e combater o machismo.
Presente no encontro, a vice-governadora Celina Leão (PP) falou sobre o papel das mulheres na vida pública. O debate entre Celina, a deputada distrital Paula Belmonte (Cidadania) e a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, foi mediado pela presidente do Lide Mulher, Janine Brito. “Queremos que a mulher tenha cada vez mais protagonismo. Antes, nós tínhamos o dia da mulher, mas agora o mês e, quem sabe, o ano vai ser das mulheres”, afirmou.
As participantes falaram sobre formas de inserir as mulheres no debate político, além de gerar trabalho e renda. Foi consenso que um dos grandes obstáculos é falta de igualdade de gênero. “A violência doméstica está presente mesmo nas classes mais abastadas, mesmo que muitas vezes seja mais escondido. É importante despertar nas mulheres o empreendedorismo, para que elas sejam independentes”, disse a deputada Paula Belmonte.
A secretária Giselle Ferreira corroborou com a fala da distrital e disse que combater a violência é uma das prioridades do GDF. “Percebemos que os índices diminuíram, mas nós não podemos comemorar. Só vamos descansar quando esse número for zero”, opinou. Segundo a secretária, foram 16 mil ocorrências de violência doméstica no ano de 2022.
À frente do governo
Celina Leão comentou sobre os 66 dias em que ficou à frente do Governo do Distrito Federal. Segundo ela, foram momentos difíceis, com bastidores que quase ninguém sabe.
Celina rebateu os rumores de que poderia ter articulado para assumir o lugar do governador Ibaneis Rocha, afastado após os ataques de 8 de janeiro. “Eu sonhava, sim, ser governadora. Mas quero ser eleita pelo povo”, afirmou. “A minha postura na primeira reunião com presidente eleito foi defender o meu governador. Nós defendíamos o Estado Democrático de Direito e deveríamos cuidar do Distrito Federal durante a ausência do governador”, continuou.
Durante a crise, houve movimentos para acabar com o Fundo Constitucional e federalizar a segurança pública do Distrito Federal. “Nós vivemos de tudo”, revelou. “No dia que eu fui para o Palácio da Justiça, em uma reunião com o ministro da Justiça, Flávio Dino, no momento da crise, nós só não tivemos uma intervenção federal naquele dia por conta da nossa presença lá”, completou.
Veja os destaques do evento: