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Lançamento do curta ‘JK por dona Sarah’ emociona público no Cine Brasília

Imagens foram gravadas em 1987, mas somente agora o filme foi finalizado e revelado publicamente

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Na noite desta terça-feira (22), data que completa 47 anos da morte do ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, o curta-metragem JK por dona Sarah foi lançado no Cine Brasília. O filme foi dirigido pela cineasta Maria Coeli, que realizou em 1987 a entrevista com a ex-primeira-dama que integra o documentário, mas somente agora lançou a produção emocionante que captou relatos da vida de Sarah ao lado de JK, da construção de Brasília e do Memorial JK.

No filme, que tem 60 minutos de duração, a ex-primeira-dama revela que JK “amava Brasília acima de tudo, até da família” e que “só Deus sabe o sacrifício para conseguir essa cidade”. Ela conta que “JK trabalhava o dia todo no Catete, pegava o avião, dormia no avião” para poupar o tempo diante de tantas responsabilidade. Em outro trecho, conta que o marido foi vitorioso e sabia o que queria. Ela ainda relata que “ele se dedicou de corpo e alma ao Brasil” e que “há pessoas que não podem ser esquecidas, Juscelino é um deles”.  Dona Sarah, que é considerada uma defensora dos direitos femininos, ao falar de si, destacou o sucesso que teve com as mulheres nos comitês eleitorais e que elas foram decisivas nos resultados das urnas. “As mulheres estão se preparando para deixar o lugar secundário”, ressalta.

 

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Anna Christina Kubitschek, e Paulo Octávio.

Neta de Sarah Kubitschek e esposa de Paulo Octávio, Anna Christina Kubitschek chorou durante a estreia do filme. “Esse filme me traz muita saudade, porque eu era muito próxima dela. O fato de eu presidir há 23 anos o Memorial JK e ver a luta de minha avó, ela ter conseguido a construção do memorial numa época tão difícil, sozinha, depois do exílio, mostra a determinação e a garra que ela tinha. Isso é claro para mim no meu dia a dia dentro do Memorial JK. Acredito que meu avô conseguiu fazer o que ele fez porque ela foi o grande pilar”, afirma.

 

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Maria Coeli e Paulo Octávio.

 

Ao destacar que Sarah Kubitschek merece todas as homenagens no Brasil, Paulo Octávio anunciou que vai inaugurar uma creche que terá o nome da ex-primeira-dama. “Hoje é um dia muito simbólico para nós todos, porque 22 de agosto foi quando o presidente Kubitschek deixou os brasileiros todos órfãos de um grande líder, de um grande presidente. Então, assistir esse filme ao lado da minha esposa, Anna Christina, que é neta de dona Sarah, e dos nossos filhos André e do Felipe é muito emocionante. Esse é um filme que captou o tempo todo a sinceridade e o olhar da Dona Sarah, que cativou o Brasil sempre ao seu jeito, com seu estilo, com seu entusiasmo, com seu amor. Então, vamos inaugurar em homenagem ä ela a creche Dona Sarah Kubitschek no Sol Nascente, um dos lugares mais carentes de Brasília”, anuncia o empresário.  

 

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Wilma Carvalho e Paula Santana. 

 

Mãe de Paulo Octávio, Wilma Carvalho Alves Pereira compareceu para ver o filme e conta que também era próxima da primeira-dama. “A dona Sarah era uma pessoa muito acessível, apesar de ser discreta. Era uma pessoa que gostava de conversar, gostava de saber das coisas e dialogava com muita simplicidade’, recorda.

 

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 André Octávio Kubitschek.

 

Para o bisneto de Sarah, André Octávio Kubitschek, o documentário só reforça a imagem que ele já tinha sobre os bisavôs. “Eles deixaram um legado brilhante, que é principalmente a determinação de cumprir os seus pleitos políticos. Essa é a maior e mais importante lição, já que hoje muitos projetos mais simples não se concretizam”, ressalta.

 

“Conheci minha bisavó muito pequeno. Então, eu não lembrava dela dessa maneira. Foi interessante ver esse envolvimento com as mulheres na política. Isso para mim foi bem legal. Eu não imaginei que a força da mulher, conduzida e liderada pela minha bisavó, fosse tão importante na eleição do meu bisavô”, observa o irmão de André, Felipe Octávio Kubitschek Pereira.

 

Pioneira de Brasília, a jornalista Natanry Osório chegou a Brasília em 1959 e relatou que o documentário trouxe informações das quais ela desconhecia, apesar de ter acompanhado de perto toda a história da nova capital do Brasil. “Ontem eu descobri que dona Sarah Kubitschek foi um dos pilares do presidente para ele realizar tudo o que ele fez. Ela realmente era uma mulher forte, firme, visionária e empreendedora. Essa imagem só nos foi passada nesse documentário feito pela nossa extraordinária Maria Coeli”, elogia.

Direção  –  A diretora do filme, Maria Coeli, nasceu em Belo Horizonte (MG) e veio para Brasília em 1960. Estudou no Caseb e formou-se em Artes Plásticas na Universidade de Brasília (UnB). É professora, poetisa, cineasta e autora dos audiovisuais História do Núcleo Bandeirante, História de Brazlândia, Brasília feita por nós, Corpo Coletivo, Caseb 30 anos, Honestino e Athayde, sua obra seu tempo. Escreveu É triste mas não é de soluçar e Liberdade é.

 

Segundo ela, produzir o filme foi um propósito de vida. “Para mim, dona Sarah era uma mulher inspiradora e que foi a base para um legado político muito grande. Eu sempre quis entrevistá-la e consegui. Agora foi o momento certo para divulgar essa entrevista que tenho certeza que vai ficar na história”, ressalta Maria Coeli.

 

No filme, além de imagens captadas por Coeli na entrevista, mais de 80% das fotografias foram retiradas do Arquivo Público de Brasília.  “Temos diversas participações em publicação de livros, documentários, filmes. Temos mais de oito milhões de documentos, sendo que a maioria já está digitalizada. Temos fotos antigas desde 1956, quando a cidade ainda estava começando, além de imagens da Comissão Cruz, que é aquela que veio em 1894 no Planalto Central fazer a marcação do quadrilátero que seria o Distrito Federal”,  informa a assessora de imprensa do Arquivo Público, Cléia Araújo.

 

JK por dona Sarah
Nota técnica
Direção, produção e pesquisa: Maria Coeli
Edição: Milene K. 
Trilha sonora: Fernando Corbal

 

Confira como foi o lançamento do curtametragem: 

 

 

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Maria Coeli
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Paula Santana e Felipe Octávio Kubitschek

 

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Paulo Octávio
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Claudia, Felipe, Wilma, Paulo Octávio, Maíra, Nivio, Silvestre e Gorgulho

 

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Sócia-diretora do site GPS, Paula Santana
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Paula Santana, Felipe Octávio, André Octávio e Anna Christina Kubitschek
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Anna Christina Kubitschek e Paulo Octávio

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Família Kubistchek com Maria Coeli e a filha Paula

 

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Paula Santana e Anna Christina Kubitschek
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Dona Wilma com os filhos Claudia Pereira e Paulo Octávio

 

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Maria Coeli

 

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Dona Wilma com a neta, Maíra

 

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