Designer de moda por formação, Karinne Pantazis Hernandez vai muito além do sobrenome de uma das famílias mais influentes de Brasília. Com apenas 33 anos, já morou em Nova York, onde especializou-se em assuntos relativos a sua expertise e, ao voltar ao Brasil, abriu o primeiro empreendimento com a mãe, uma loja de roupas. Foi em 2013 que teve o primeiro contato com o design de joias, área pela qual se apaixonou e passou a investir para aumentar seu conhecimento.
“Trabalhei com uma designer de joias e ela abriu uma loja em Brasília. Com ela, tive muita liberdade para cuidar do negócio e aprender sobre esse mundo arrebatador e apaixonante. Era algo que eu amava fazer. E, com o tempo, fui ganhando esse olhar do design voltado para as joias”, relata.
Com o tempo de experiência, Karinne percebeu o momento de retornar ao empreendedorismo próprio e nesta quinta-feira, 22, abre a sua primeira joalheria autoral, a Àvra. Com 45 peças na primeira coleção, que traz cores, formas e variedades de pedrarias, o lançamento ocorrerá ao longo da tarde, no Lago Sul. Por enquanto, a marca não possui loja física, mas certamente está nos planos de negócio da designer.
O principal fomentador desta jornada foi o marido Luiz Felipe Hernandez que a incentivou a começar a desenhar as peças que culminaram na Àvra. Foi quase um ano de trabalho até a apresentação da open collection. O processo de produção das peças tem até mesmo um quê mágico: “Várias vezes eu sonhava com uma peça, acordava na madrugada, e já ia desenhar para não esquecer”, conta.
Com um olhar para a criação como o “verbo para a alma”, a Àvra também tem um significado familiar para Karinne. O próprio nome da marca, que significa aura, vem da língua original de sua família, o grego.
“O meu avô, pai do meu pai, é grego e cresci com a forte influência grega na família, inclusive casei na Grécia. Eu sou uma mulher que gosta que as coisas tenham um significado verdadeiro e profundo; assim, quando decidi que teria a minha própria marca, a Àvra, ela significou e significa a minha realização pessoal e profissional”, explica a empresária.
Àvra também é um nome um tanto espiritualizado, além do próprio significado, a intenção é que as peças traduzam às clientes a energia e a conexão contidas nas pedras. “As próprias pedras têm aura e energia muito forte e, assim, o nome da marca tem correlação e conexão direta com isso”, destaca Karinne.
O primeiro desenho feito pela Pantazis ocorreu há um ano e tornou-se um brinco de madrepérola com rubelita. Usando cores marcantes e formatos diferenciados, a designer de joias autorais quer que suas peças transmitam, ainda, personalidade.
“Eu tento sempre explorar formatos diferentes da lapidação da pedra. Idealizo uma peça e, quando ela chega pronta, às vezes chega mais bonita do que eu esperava. Isso me dá uma energia enorme e a certeza de que estou no caminho certo”, finaliza.
A primeira coleção da Àvra conta com 45 peças, entre brincos, anéis, colares, pulseiras e gargantilhas. Os itens de luxo são compostos por pedras diversas como madrepérola, brilhantes, citrino, esmeralda, lápis-lazúli, ametista, opala azul, opala rosa, opala branca, turmalina paraíba, tanzanita, entre outras.
A fim de realçar a beleza das gemas, Karinne também empregará nas peças lapidações como a cabochon que extrai o melhor de cada pedraria. “A cor, o brilho e a transparência das pedras preciosas são aspectos muito valorizados nas minhas criações”, enfatiza.
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