Redação GPS Cuidar da **saúde física** sempre esteve em alta. Mas, de uns anos para cá, preocupar-se com o **bem-estar mental** é uma das **prioridades** para muitas pessoas, principalmente para os **jovens**, diga-se de passagem. É notado que os mais novos abordam assuntos **psicológicos** em suas rodas de conversas e até **aconselham** amigos a procurarem **tratamento**.
Entre os **famosos**, porém, esse comportamento ainda está em **mudança** e algumas atitudes diferentes de celebridades de dez anos atrás já podem ser observadas. **Justin Bieber** é um exemplo desses jovens que expõem suas questões **psicológicas**. O cantor cancelou alguns shows e declarou que sua saúde precisava de cuidados.
Por ter conhecido a fama muito cedo, Justin foi alvo da mídia pelo seu comportamento **rebelde**. Porém, há cinco anos ele desapareceu das telas e reapareceu com o documentário _Next Chapter_, onde explicou o motivo de seus altos e baixos: a **depressão**. _“Se você está se sentindo solitário, fale sobre isso. Diga em voz alta”_, disse.
Estamos em um mês marcado pelo **Setembro Amarelo**, o que nos fazer refletir que revelar suas questões, falar com **franqueza** sobre o que te angustia, pedir **ajuda profissional** e admitir que não está tudo bem é admirado, além de ser uma atitude frequente dos **adolescentes** da época.
Em conversa com a **psicóloga Alessandra Tosta**, ela mencionou a quebra de **tabus** da saúde mental. _“Eu, como psicóloga, fico muito feliz em ver como a saúde mental vem aos poucos diminuindo o seu tabu; A popularização trouxe ao meu ver mais benefícios do que malefícios, uma vez que a procura por cuidados com a saúde mental só cresce. Porém, tenho algumas ressalvas que acho importante trazer também”_, disse.
De acordo com a profissional, a campanha precisa ser passada da maneira **correta**, pois é um assunto **delicado**. _“Esse mês especificamente, temos o Setembro Amarelo que é uma campanha de prevenção ao suicídio. Principalmente agora as redes são bombardeadas de vídeos e conteúdos sobre o assunto. Ao meu ver, informações sobre saúde mental não podem ser passadas de qualquer forma, por e para qualquer pessoa. A intenção nas redes é positiva, mas não deixa de ser delicada”_, preveniu. Alessandra ainda alertou: _“Temos que tomar cuidado apenas para não banalizar um assunto tão sério. O tema precisa ser mais importante do que a viralização e acredito que as vezes as pessoas se perdem aqui. Temos que tomar cuidado com a disseminação de informações de fontes que não são confiáveis. Existe um efeito manada, e se a gente reproduz isso de forma inconsequente, podemos ter um efeito contrário e negativo”_.
Nas redes, tudo é muito **acessível**. Tanto o lado positivo, como mensagens de carinho e apoio, quanto o negativo, _haters_ e comentários de ódio. A forma como cada um reage a um acontecimento é muito individual.
_Afinal, compartilhar um diagnóstico é uma boa ideia?_ Alessandra explica: _“Falar que está em tratamento, cuidando mais de si, pode impulsionar outras pessoas a buscarem ajuda para o seu sofrimento também”_. Porém, a profissional advertiu que isso precisa ser feito com cautela para não gerar **gatilho emocional** em ninguém.
Comentar o que se passa, com **responsabilidade**, em suas vidas pessoais, não irá manchar a **carreira** de celebridades. Pessoas famosas são seres humanos iguais a todos, compartilhar um problema de saúde **aproxima** um ídolo de seu fã, pois, além de **empatia**, gera **identificação** com suas **batalhas** diárias. Justin Bieber já declarou que a mudança na maneira como as pessoas encaram hoje os transtornos mentais dos famosos teve peso **crucial** em sua **recuperação**.
