As prisões do influenciador Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente, foram mantidas pelo ministro Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os dois são investigados por suspeita de exploração sexual e econômica de menores e trabalho infantil irregular. O caso está sob sigilo.
A defesa alegou que a prisão seria incongruente, pois depoimentos usados para justificar a prisão não foram submetidos ao contraditório, além de negar que havia intenção de fuga dos acusados.
Para o magistrado, a ordem de prisão do Tribunal de Justiça da Paraíba está devidamente fundamentada e há indícios de crimes graves, como a produção e divulgação de material que sexualiza adolescentes.
“Nesse contexto, que aponta para a exposição reiterada e inadequada de crianças e adolescentes, bem como para a tentativa de destruição de provas relevantes à apuração dos fatos, não é possível constatar a plausibilidade jurídica do pedido de soltura”, escreveu.
Entenda
O caso ganhou repercussão após o youtuber Felca publicar um vídeo denunciando a adultização de crianças e adolescentes. Logo após a denúncia, Hytalo teve contas nas redes sociais suspensas, enquanto Felca ganhou mais de 4 milhões de novos seguidores.
A promotoria da Paraíba solicitou também que vídeos antigos de Hytalo Santos sejam desmonetizados. Isto é, não poderão mais dar retorno financeiro ao influenciador. O pedido foi aceito pela Justiça.
Além das restrições financeiras, o processo também resultou na apreensão de equipamentos do investigado. Na quinta (14), policiais recolheram um computador e celulares na casa do influenciador, em João Pessoa.
Um dia antes, na quarta (13), agentes já haviam tentado cumprir um mandado de busca no mesmo endereço, porém encontraram o local fechado. A decisão que motivou as ações também proíbe o influenciador de manter qualquer tipo de contato com os adolescentes citados no processo.