A juíza Márcia Capanema, responsável pelo caso na Justiça Eleitoral, emitiu uma ordem para destituir Marcelo Crivella, ex-prefeito do Rio de Janeiro e atual deputado federal, de seu cargo, além de impor uma multa no valor de R$ 433.290,00. As informações são do portal G1.
As acusações contra ele envolvem a organização de um esquema com o objetivo de impedir a divulgação de reportagens sobre a situação da saúde no Rio. A decisão da juíza também torna Crivella inelegível pelos próximos oito anos após a eleição municipal de 2020.
A ação que resultou nessa decisão foi movida pela coligação “É a vez do povo!” (PT e PCdoB) durante o ano de 2020. Crivella é acusado de ter praticado “abusos de poder de autoridade e condutas proibidas a agentes públicos durante campanhas eleitorais”, conforme estabelecido pela Constituição.
A coligação alega que ele montou um esquema para “monitorar e impedir o contato dos cidadãos com profissionais da imprensa, com o objetivo de bloquear informações sobre o sistema de saúde do Rio durante o período eleitoral. Para isso, utilizou servidores públicos municipais que ficaram conhecidos como “Guardiões do Crivella”.
A acusação conseguiu identificar esses servidores, que foram desviados de suas funções regulares para atender às demandas do ex-prefeito.
Na sentença, a juíza afirmou que a decisão tinha um caráter “educativo e preventivo” e também demonstrava repúdio à conduta “imoral e ilegal” perpetrada por Crivella.
A assessoria de Marcelo Crivella declarou que o deputado apresentou um recurso contra a decisão.