A Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta quinta-feira (02), a soltura de Érika Souza, a sobrinha do “tio Paulo”, que estava presa sob acusação de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver.
Apesar de responder ao processo em liberdade, a mulher continuará sob investigação por homicídio culposo. A decisão foi proferida pela juíza Luciana Mocco, que aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), tornando Érika ré, mas atendeu a um pedido da defesa e revogou a prisão preventiva.
Érika agora é obrigada a cumprir medidas cautelares, como o comparecimento mensal ao cartório do juízo, a proibição de ausentar-se da comarca fluminense por mais de 7 dias sem autorização e a apresentação de laudo médico, caso necessite de internação para tratamento da saúde mental.
A juíza destacou que a acusada é ré primária e não representa periculosidade que coloque em risco a instrução criminal ou a ordem pública.
A denúncia do Ministério Público destaca o “desprezo e desrespeito” de Érika ao levar o tio falecido para tentar sacar um empréstimo em um banco. A promotora Débora Martins Moreira ressaltou a atitude da acusada de vilipendiar o cadáver de Paulo Roberto Braga, seu tio e cuidador, demonstrando total desrespeito.
A investigação por homicídio culposo se baseia na omissão de socorro por parte de Érika, que preferiu ir ao shopping ao invés de buscar ajuda médica para o idoso em situação de perigo de morte.
As novas provas incluídas no inquérito indicam que Érika tentou colocar uma conta própria para receber em empréstimo de R$ 17 mil em nome do tio e chegou a ir à agência sem ele para sacar.
O delegado responsável pelo caso afirma que a acusada sabia da morte de Paulo e simulou que ele estava vivo, tentando inclusive fazer com que ele assinasse o documento necessário para obter o empréstimo.
As imagens registradas por funcionários do banco Bradesco acabaram viralizando nas redes sociais.