A ex-presidente Cristina Kirchner poderá cumprir a pena em prisão domiciliar, mas deverá usar tornozeleira eletrônica. A decisão é da Justiça Argentina. Ela havia sido condenada a seis anos de prisão por corrupção em um processo que já tramitava em terceira instância.
Kirchner deverá se apresentar em até 48 horas úteis, portando uma relação com nomes de familiares, policiais, profissionais médicos que a atendam e frequentem a sua residência regularmente.
“Qualquer acesso de qualquer outra pessoa não incluída nessa lista deverá ser solicitado e justificado”, alerta a decisão do Judiciário.
Prisão decretada
A Suprema Corte da Argentina decretou, no último dia 10, a prisão da ex-presidente, após rejeitar o último recurso apresentado por sua defesa.
A decisão marca um dos episódios mais delicados da história recente da política argentina.
A ex-presidente foi condenada por favorecer, durante seus mandatos, o empresário Lázaro Báez, dono de uma empreiteira que venceu 51 licitações públicas na província de Santa Cruz, reduto político de Kirchner.
Segundo o Ministério Público argentino, o esquema causou um prejuízo estimado em mais de R$ 7 bilhões aos cofres públicos.
Na ocasião, a defesa da ex-presidente classificou o processo como “perseguição judicial” e solicitou a anulação da sentença, argumento que foi rejeitado pela mais alta instância do Judiciário do país.