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Julgamento de Sean “Diddy” Combs entra na sexta semana; saiba o que aconteceu até agora

Processado por tráfico sexual, conspiração, violência e outros crimes, rapper pode pegar até prisão perpétua se for condenado

O julgamento do rapper e magnata da música Sean “Diddy” Combs chega à sua sexta semana nesta segunda-feira (16), com relatos perturbadores, movimentações judiciais tensas e a expectativa de que o veredito possa ser anunciado já no próximo mês de julho. 

Preso desde 16 de setembro de 2024, Combs responde por crimes como tráfico humano, extorsão e abuso físico, além de transporte para fins de prostituição e venda de drogas. Caso seja considerado culpado, o artista poderá enfrentar de 15 anos até uma pena de prisão perpétua. 

A acusação sustenta que P. Diddy, como também é conhecido o produtor musical, liderava um esquema que durou quase duas décadas, no qual mulheres eram aliciadas, dopadas e coagidas a participar de festas privadas, conhecidas como freak-offs, muitas vezes filmadas sem o consentimento dos participantes. 

Com a fase de acusação prestes a ser encerrada, a defesa deve começar a apresentar seus argumentos ainda nos próximos dias. A expectativa é de que o julgamento se estenda por mais algumas semanas, com encerramento previsto para julho. 

Desde o início do julgamento, em 12 de maio, mais de 18 testemunhas foram ouvidas pelo júri, composto por oito homens e quatro mulheres. Entre elas, Cassie Ventura, que teve um relacionamento por mais de dez anos com Diddy; a cantora Dawn Richard; ex-assistentes do artista; um segurança de hotel; e um stripper.

Um dos depoimentos mais impactantes foi o de Ventura, que narrou com detalhes, em mais de vinte horas, episódios de violência física e sexual, abuso psicológico e controle extremo que sofreu por parte do cantor. Ela estava grávida de oito meses.

Outro nome de peso a aparecer no tribunal foi o rapper Kid Cudi, que afirmou ter sido alvo de represálias de Diddy, incluindo o incêndio proposital de seu carro, após se envolver romanticamente com Cassie.

A cantora Dawn Richard, que também prestou depoimento, afirmou ter presenciado agressões em um hotel e festas com mulheres coagidas a manter relações com estranhos em troca de benefícios profissionais. Assistentes próximos ao artista também corroboraram diversas das denúncias.

Além do relatos das testemunhas, o tribunal se viu envolvido em um impasse em torno do júri. Nesta segunda-feira (16), um jurado titular foi dispensado por ter mentido sobre seu local de residência. A decisão provocou tensão entre defesa e acusação, já que o jurado era um homem negro de 41 anos, e foi substituído por um contador branco do condado de Westchester, nos Estados Unidos. A defesa levantou preocupações sobre a representatividade racial no painel, mas o juiz manteve a decisão.

Desde o início do julgamento, Sean Combs nega todas as acusações às quais responde. Seus advogados afirmam que as denúncias são infundadas e motivadas por vingança e oportunismo. O artista, no entanto, segue detido sem direito à fiança, já negada três vezes pelo tribunal.

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