A juíza Angélica Chamon Layoun, de 39 anos, foi demitida após uma investigação apontar que ela copiou decisões em cerca de 2 mil processos cíveis para “aumentar a produtividade”, segundo o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). As informações são do G1.
Angélica foi empossada em julho de 2022 e estava afastada desde setembro de 2023. Antes disso, trabalhou por quase seis anos como juíza no estado de Pernambuco. Na corte gaúcha, ela foi alvo de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
A investigação apontou, inclusive, que a então magistrada teria desarquivado processos já julgados para repetir decisões e aumentar novos despachos.
A defesa de Angélica considerou a punição desproporcional, declarou recorrer ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), diante da impossibilidade de recurso interno. Os advogados afirmam que “discordam veementemente da penalidade imposta à magistrada Angélica Chamon Layoun, por considerá-la desproporcional, juridicamente viciada e carente de prova de dolo ou má-fé”.
Ainda segundo a defesa, Angélica aceitou uma vara cível com uma grande quantidade de processos e sem estrutura apropriada. Ela teria, conforme os defensores, tentado reorganizar o setor, mas enfrentou resistências internas que teriam incentivado o processo disciplinar.
“Nesse cenário, buscou corrigir falhas operacionais, reordenar o fluxo processual e promover melhorias administrativas, enfrentando resistências internas que acabaram servindo de catalisador para o processo disciplinar”, diz a nota da defesa enviada ao G1.