O publisher do GPS|Brasília, Jorge Eduardo Antunes, foi um dos convidados para o talk show Vozes de Brasília, realizado na última segunda-feira (7), no auditório do Inner 360. Ao lado de responsáveis pela comunicação de secretarias e empresas estatais do DF, ele discutiu o papel da comunicação e das assessorias de imprensa no mundo atual. Jorge Eduardo também é diretor de Comunicação das Organizações PaulOOctavio, uma das sócias do portal.

O empresário Paulo Octávio encerrou o talk show. Foto: Rayra Paiva
Apresentado pelo empresário Fábio de Carvalho, conselheiro superior da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) , e pelo empreendedor George de Medeiros, o programa foi encerrado pelo presidente do PSD-DF, o empresário Paulo Octávio, e pelo deputado federal Josivaldo JP (PSD-MA). Ambos destacaram a importância da comunicação corporativa para aproximar instituições, políticos e empresas da população.
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Com o tema “Você sabe o que faz uma Assessoria de Comunicação?”, Jorge Eduardo e os assessores Tatielly Diniz, da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federa (Terracap); Mariana Parreira, do Instituto Brasília Ambiental (Ibram); Alexandre de Paula, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb); Gláucia Beatriz, da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL); Marcela Sousa, da Secretaria de Ciência e Tecnologia (Secti); Fernanda Resende, da Secretaria de Turismo (Setur); e Lanier Rosa, da Controladoria-Gerral do Distrito Federal (CGDF) abordaram os desafios enfrentados para levar a mensagem ao público. Eles também responderam a perguntas formuladas pelo público presente.
Em sua abordagem, Jorge lembrou que a formação do profissional é um fundamento para uma boa atuação, mas recomendou que o jornalista e o assessor busquem mais que o ofício de escvrever e apurar. “Nós não somos ensinados, nos bancos de faculdade, a gerir empresas de comunicação e a desenhar estratégias de gestão. O primeiro conselho é estudar além da comunicação e do jornalismo, pois quem vai salvar nossa atividade no mundo é o profissional da área”, afirmou.
Ao ser perguntado sobre a importância de o empresário se posicionar nas mais diferentes esferas de comunicação, ele foi direto. “Empresário que não fala e não se comunica com a sociedade está fadado a desaparecer”, afirmou, lembrando que a comunicação mudou sensivelmente nos últimos 30 anos. “E as empresas tradicionais têm dificuldade de conversar com a diversidade atual”, completou.
A primeira coisa que o empresário tem de mentalizar é que o negócio que ele concebeu não é mais o mesmo, assim como a forma de comunicar. Hoje, se todos nós aqui não fizermos gestão, investimentos e atuações em redes sociais, não vamos conseguir conversar com ninguém. E isso não é demérito a nenhum veículo de comunicação”, completou.
Ele destacou ainda que o empresariado precisa ter a compreensão de que o papel do profissional de comunicação nas corporações não se limita a divulgar e “apagar incêndios” ocasionais. “Você é um ente estratégico na companhia, uma espécie de Grilo Falante, que era a consciência de Pinóquio. E essa consciência é um olhar que o comunicador tem por essência, analisando os impactos que poderemos causar na sociedade”, destacou.
A iniciativa privada paga um ônus alto por seus empreendimentos e ações. Tudo isso tem um custo invisível e muitas vezes o assessor é encarado como alguém que quer transformar o empresário em bonzinho. E não se trata disso. Se trata de mostrar que gestão privada envolve lucro e todas as atividades têm de dar resultados econômicos e financeiros”, acrescentou.
Jorge Eduardo também falou de uma questão chave que permeia não só a comunicação, mas todas as atividades: a entrada da geração Z no mercado de trabalho. Ele lembrou que o choque geracional sempre existiu. “A convivência de cinco gerações no mercado de trabalho, como estaremos vivendo em breve, nunca existiu. A geração Z não é preguiçosa, mas passou pela pandemia e suas alterações de comportamento socual. Ela se reúne em um ambiente diferente que o do pessoal de minha época se reunia”, alertou.
Eles chegam com problemas? Chegam. Mas você tem de saber o que fazer para extrair deles a plena capacidade. Talvez o jovem não tenha a velocidade de resposta profissional exigida por não ter experiência ainda. Lembremos que ele é como um prédio que está na fundação. O que tem de haver é um ajuste para entender esta geração, como foi feito no passado. A gente precisa melhorar por um lado e extrair deles o que há de melhor”, finalizou.