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Janeiro Verde: campanha alerta para prevenção do câncer do colo do útero

Segundo o Inca, para o triênio 2023/2025 foram estimados mais de 17 mil novos casos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Uma doença que tem exame para diagnóstico precoce e tem vacina que ajuda a prevenir. Mesmo assim, o número de casos de câncer do colo do útero no Brasil são grandes.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para o triênio 2023/2025 foram estimados mais de 17 mil novos casos de câncer de colo do útero no Brasil, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres. No centro-oeste, o câncer do colo do útero é o terceiro mais incidente.

Trata-se de um cenário alarmante, que motivou a criação do Janeiro Verde pela Sociedade Brasileira de Cancerologia, com o intuito de conscientizar a população sobre a importância da prevenção, detecção precoce da doença e tratamentos.

O médico Leonardo Campbell, cirurgião ginecologista, membro da sociedade internacional de câncer ginecológico, lembra que as consultas e exames de rotina são essenciais na prevenção do câncer do colo do útero.

“O câncer de colo do útero costuma apresentar sintomas quando se encontra em estágios mais avançados, por isso a ida frequente ao ginecologista é tão importante”, alerta.

A principal forma de prevenção, entretanto, é a vacina contra o HPV. “A vacinação, em conjunto com o exame papanicolaou, se complementam como ações de prevenção deste câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada, deverão realizar o exame preventivo, pois a vacina não protege contra todos os subtipos oncogênicos do HPV”, afirma Leonardo.

A cirurgiã ginecologista. Charbele Diniz, membro da Febrasgo, afirma que “segundo as diretrizes brasileiras, o rastreio do câncer de colo uterino através da citologia oncótica, amplamente conhecida como Papanicolaou, deve ser iniciado a partir dos 25 anos, se a paciente já tiver iniciado a vida sexual, até os 64 anos, com periodicidade anual”.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra o HPV para alguns grupos de pessoas, como jovens de 9 a 14 anos e vítimas de abusos sexuais. E também é possível fazer o exame de papanicolau na rede pública de saúde.

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