GPS Brasília comscore

Já ouviu falar no Lipedema? Conheça causas e tratamentos

Lipedema passou a ser considerado doença crônica, mas muitos ainda sofrem com diagnóstico tardio
Foto: Freepik

Compartilhe:

Se você já notou um aumento considerável no volume de pernas e braços, que mesmo com a perda de peso não diminui, é muito provável que você esteja com lipedema. O lipedema é uma doença crônica que causa o acúmulo desproporcional de gordura nessas áreas do corpo, que vem acompanhado de edema, dor, hematomas frequentes, surgimento de nódulos e aumento da sensibilidade, além de favorecer o desgaste das articulações e restringir a movimentação.

Uma das causas do lipedema, que costuma se manifestar com maior frequência em mulheres no início da puberdade ou durante a gravidez, é a desregulação hormonal causada pelo estrogênio e pela progesterona no tecido adiposo. E mais do que a dor causada, o lipedema costuma mexer muito com o emocional de quem é acometido pela doença.

Quem explica é a cirurgiã vascular e endo-vascular do Hospital Santa Lúcia, Rebecca Andrade: “Os pacientes acometidos pelo lipedema podem apresentar um impacto significativo devido à morbidade e ao impacto psicológico que ela pode causar, já que muitas vezes ela pode ser confundida com um quadro de obesidade que os pacientes podem concomitantemente apresentar”.

O diagnóstico é feito clinicamente, por meio da análise do histórico de cada paciente, além de uma avaliação física, e o tramento consiste principalmente em uma mudança do estilo de vida dos pacientes como controle do peso, atividades físicas, hidratação, acompanhamento psicológico, drenagem linfática e uso de meias de compressão. Em casos mais graves, é indicado que o paciente se submeta à uma cirurgia.

Rebeca reforça a necessidade de um diagnóstico assertivo em relação ao lipedema: “É importante pontuar que o lipedema é uma doença recente e pouco difundida, então acontece muitas vezes dela ser subdiagnosticada. E essa demora vai impactar diretamente no paciente e na sua qualidade de vida. Um tratamento adequado vai melhorar a locomoção, as dores, a rotina e o impacto social desse paciente”, finaliza a médica.