O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou nesta sexta-feira (10) que a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito foi novamente fechada antes que o grupo de 34 brasileiros pudesse deixar o local. Com isso, o resgate do grupo, previsto para hoje, não vai ocorrer como era esperado.
Após 35 dias do início do conflito, que matou três brasileiros em Israel e deixou outro ferido, o grupo havia finalmente recebido autorização para retornar ao Brasil, mas teve que regressar para a Rafah e Khan Younis, já que não havia como ficar no local aguardando.
“Ontem, ele [ministro das Relações Exteriores de Israel] me informou que eles estavam autorizados e que os nomes estavam em poder das autoridades na fronteira e que sairiam hoje de manhã, mas novamente não saíram – apesar de terem sido mobilizados até a região do posto de controle. Não puderam passar porque o posto de controle não foi aberto.”
De acordo com o ministro do Itamaraty, a lista com o nome de todos os brasileiros estava em poder das autoridades envolvidas há mais de 20 dias, e apesar do grupo ter sido mobilizado até o posto de controle, o espaço não foi aberto
“Continuamos trabalhando diretamente com as autoridades do país. O presidente e Lula têm sido muito ativo nos telefonemas. Já falou com autoridades de todos os países envolvidos. Eu também”
Mauro Vieira não soube precisar, porém, quando essa repatriação, prevista para este fim de semana, irá ocorrer. “A situação em Gaza não me permite dizer se será hoje, amanhã, ou quando. São inúmeras as questões que impossibilitam a abertura.”
Ainda segundo o ministro, a passagem de Rafah fica aberta algumas horas por dia, com o entendimento de que a prioridade de travessia são ambulâncias com os feridos. “E foi o que aconteceu hoje, ontem e até quarta feira que não houve passagem para o Egito.”