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Irã lança mais de 100 drones contra Israel em resposta a bombardeios a instalações nucleares e morte de generais

Teerã promete vingança e acende alerta global sobre risco de guerra generalizada no Oriente Médio

Na madrugada desta sexta-feira (13), o Irã lançou uma ofensiva de grande escala contra Israel, disparando mais de 100 drones em retaliação aos ataques israelenses às suas instalações nucleares e à morte de três altos comandantes militares iranianos. A ação marca uma escalada sem precedentes na tensão entre os dois países e levanta o temor de um novo conflito regional de grandes proporções.

“Nas últimas horas, o Irã lançou mais de 100 drones em direção a Israel, e todos os sistemas de defesa estão agindo para interceptar as ameaças”, declarou o porta-voz do exército israelense, Effie Deffrin.

O contra-ataque iraniano ocorre após bombardeios realizados por Israel na noite de quinta-feira (12), que atingiram alvos estratégicos no Irã, incluindo a instalação nuclear de Natanz, uma das mais importantes no enriquecimento de urânio, e esconderijos militares. A ofensiva israelense resultou na morte de três figuras-chave do alto escalão militar iraniano:

Mohammad Hossein Baqeri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas

Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária

Khatem-Gulam Ali Rashid, comandante do Comando de Emergência Khatem al-Anbiya

Em pronunciamento antes do ataque, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e alertou que Israel havia “preparado um destino amargo” para si ao atingir território iraniano. “O regime sionista revelou sua natureza vil e lançou sua mão perversa em um crime contra o Irã. Certamente pagará por isso”, afirmou Khamenei.

Comunidade internacional reage com preocupação

A resposta iraniana acendeu o alerta na comunidade internacional. Países como Índia, Reino Unido, Turquia, Líbano e Arábia Saudita condenaram a escalada do conflito e pediram contenção. O secretário-geral da ONU também se manifestou, dizendo que “é essencial evitar o início de um conflito mais profundo na região”.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) condenou o ataque israelense a instalações nucleares. Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, afirmou que “instalações nucleares jamais devem ser alvos de ataques, independentemente do contexto”, e alertou sobre os riscos de contaminação radioativa. Segundo ele, apesar dos danos em Natanz, não houve liberação de radiação. Outras instalações sensíveis, como as de Esfahan e Fordow, não foram atingidas.

Grossi informou ainda que está disposto a visitar o Irã para garantir a segurança e a não proliferação nuclear. “O único caminho sustentável é o diálogo e a diplomacia”, reiterou.

EUA negam envolvimento

O governo dos Estados Unidos afirmou não ter participação nos ataques. O secretário de Estado, Marco Rubio, negou qualquer apoio logístico a Israel. Já o presidente Donald Trump, em entrevista à Fox News, declarou estar ciente da operação e afirmou que “o Irã não pode ter uma bomba nuclear” e que espera o retorno às negociações com Teerã.

Enquanto os céus do Oriente Médio seguem tensos, especialistas alertam que um novo ciclo de retaliações pode arrastar toda a região para um conflito prolongado e devastador.

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